Os doze estádios da Copa do Mundo terão internet Wi-Fi gratuita durante os jogos em 2014. A infraestrutura deve custar até R$ 100 milhões. O representante das teles e diretor executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, estima que entre 30% e 40% do tráfego de dados deverá acontecer por meio da rede sem fio.
A infraestrutura será compartilhada entre todas as operadoras de telefonia, o que pode ajudar a reduzir congestionamentos no tráfego de dados de 3G e 4G, que tem investimento das companhias na instalação da cobertura de voz, 3G e 4G de R$ 200 milhões.
Em abril, às vésperas da Copa das Confederações, Oi, Claro, Vivo, TIM e Nextel fecharam acordo com as administrações dos seis estádios para oferecer cobertura 4G indoor nos locais.
Levy aponta que o congestionamento de dados nos jogos da competição ocorreu antes do início das partidas e após seu encerramento. O pouco tempo para a instalação dos equipamentos nos estádios prejudicou a situação.
Conforme levantamento do SindiTelebrasil durante os jogos testes foram feitos 1,7 milhão de ligações de telefonia celular e mais de 4,6 milhões de comunicações de dados, incluindo envio de e-mails, fotos e mensagens multimídia, com tamanho médio de 0,5 MB.
Do total de comunicações de dados, cerca de 4 milhões trafegaram por 3G e 650 mil pelas redes de 4G, e o sindicato das empresas de telefonia móvel afirma que a tecnologia “superou as expectativas”, por concentrar quase 18% do volume trafegado no 3G.
Apenas na final da competição, cerca de 88 mil comunicações foram via 4G. “O problema é que em 2014 muitos usuários do 3G terão migrado para o 4G, mas parte deste tráfego poderá ser atendido pelo Wi-Fi”, explicou o dirigente.
A entidade vai elaborar um relatório com a análise das causas das falhas das ligações, com base na avaliação do desempenho do tráfego de cada antena, que deve ser finalizado em 15 dias.