Cada vez mais escassos e substituídos pelos telefones móveis, os orelhões estão saindo do cotidiano urbano. Em Guarapuava – PR, na rua XV, por exemplo, onde a cada duas quadras havia uma ilha com quatro telefones públicos, há alguns anos, hoje o número é de um a cada cinco quadras. Segundo a Oi, que oferece o serviço em Guarapuava, a queda no consumo de créditos para telefones públicos chegou a 40% ao ano entre 2007 e 2012. Ao mesmo tempo, entre junho de 2007 e junho de 2013, o número de orelhões caiu 27,9% na cidade de Guarapuava.
Apesar de serem cada vez menos utilizados, a procura pelo serviço ainda existe. No telefone instalado em frente ao INSS, o número de usuários é maior. “Normalmente pessoas que vêm de fora para perícias. Na maioria das vezes, eles tentam e, pelo aparelho não funcionar, vêm pedir indicação de outro ou o telefone emprestado”, conta a comerciante Claudia Aparecida Andrade que tem loja em frete ao INSS.
O representante comercial João Carlos Becher viaja por todo o Estado e relata que tem dificuldade em encontrar orelhões em bom estado e funcionando. “Em Guarapuava ainda temos um bom número de telefones em condições de uso, mas há cidades menores onde esses equipamentos estão em extinção”.
Becher utiliza diariamente o telefone público para se comunicar com a central da empresa para qual trabalha. “Como faço ligações para telefone [com prefixo] 0800, a empresa não atende quando ligo do celular, por isso tenho no orelhão um bom aliado”, adicionou.