O mercado de call center está passando por uma migração de operações para o Nordeste, em busca de uma força de trabalho mais fiel.
A Contax já tem metade dos seus 92 mil funcionários na região, com planos de chegar a 60% até o final do ano, quando serão inaugurados novos centros em Salvador e outra cidade a ser definida.
Fontes da Contax (em linha com o que já disseram outras empresas que tomaram a decisão) afirmam que os salários permanecem os mesmos, enquanto a rotatividade diminui de um ano para três ou quatro em média.
O Nordeste representa 12,5% do faturamento do setor de call center no Brasil, que totalizou R$ 12 bilhões no ano passado, segundo Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos (Sintelmark). São Paulo ainda representa 60%. A Região Sul como um todo fica em 19,5%.
De acordo com a entidade, cidades do Nordeste tem oferecido incentivos fiscais e benefícios para atrair o setor.
Em maio, a GVT abriu um call center em Fortaleza, onde devem ser alocados 1.000 profissionais em 2013, com previsão de dobrar o número no ano que vem. O investimento chega a R$ 12 milhões.
A empresa mantém 4.350 posições em Maringá e Curitiba, mas as contratações nos próximos anos serão concentradas no Ceará.
A AeC, empresa mineira de outsoucing de processo de negócios (BPO, na sigla em inglês), anunciou no começo do ano o investimento de R$ 30 milhões na instalação de dois centros em João Pessoa, na Paraíba. Serão 1,3 mil empregados na capital paraibana, que se somarão aos 5 mil já trabalhando em Campina Grande, a segunda cidade mais importante do estado.
A Oi, por meio da Contax, também mantém operações no Recife e em Salvador, gerando milhares de empregos.