Uma fundação independente que tem o poder de bloquear a oferta de aquisição pelo grupo de telecomunicações KPN expressou preocupação sobre a proposta de 7,2 bilhões de euros (9,6 bilhões de dólares) feita pela América Móvil (dona da Claro, Net e Embratel no Brasil), do bilionário mexicano Carlos Slim.
A empresa mexicana disse que iria fazer uma oferta pública pela participação de 70% da KPN que ainda não detém. A proposta coloca um desafio à rival espanhola Telefónica (dona da Vivo no Brasil), que fez uma oferta de 11 bilhões de dólares no mês passado pela joia da coroa da KPN, a alemã E-Plus.
“Há incertezas consideráveis sobre as intenções da América Móvil”, disse a fundação citando o breve anúncio da mexicana de que pretende fazer a oferta e a falta de informação sobre a posição na KPN, “incluindo a intenção da KPN de vender sua subsidiária alemã E-Plus.”
Fundações, um elemento comum e independente em muitas empresas holandesas, podem bloquear ofertas hostis na Holanda, e o comunicado da fundação KPN é o primeiro sinal de que pode estar considerando essa tática para o grupo de telecomunicações.
Carlos García Moreno, vice-presidente financeiro da América Móvil, disse nesta semana à imprensa holandesa que o grupo mexicano quer obter valor na KPN e não está apenas interessado na E-Plus.