A companhia de telecomunicações Sercomtel iniciou a demissão sem justa causa de 23 servidores de carreira que não aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV), instituído no final de julho pela empresa. O PDV faz parte de um plano da operadora para realizar um corte de R$ 1,5 milhão na folha de pagamentos, visando equilibrar o fluxo do caixa em Londrina. Hoje, o pagamento de pessoal representa 34% da receita operacional líquida.
Com a redução do quadro profissional, a Sercomtel acredita que o fluxo de caixa da empresa estará no azul até julho de 2014. E que as exonerações, fora do Plano de Demissões Voluntárias, estão atendendo as previsões legais e trabalhistas.
Passando por momentos financeiros difíceis, a Sercomtel, que tem como acionista majoritária (55% das ações) a Prefeitura de Londrina, e minoritária a Copel (45%), está adotando medidas para conseguir cortar custos e se manter equilibrada no mercado. Segundo Christian Schneider, nos últimos dez anos a empresa sofreu uma perda de R$ 87 milhões. E além deste valor, levantado após requisição dos acionistas da empresa, há uma perda estimada em R$ 94 milhões do patrimônio líquido que atrapalhou a possibilidade de crescimento no setor.
Para se manter competitiva, a prefeitura e a Copel estudam o pedido de aporte financeiros de pelo menos R$ 7 milhões na empresa. Os vereadores também estão debatendo esse tema, apesar de se mostrarem cautelosos diante dos pedidos. Uma audiência pública será realizada nesta sexta-feira (16), às 19h, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Londrina, quando serão apresentados detalhes sobre o pedido de aporte financeiro na Sercomtel.