Com muitas promessas, a Oi acaba de lançar no mercado de pagamentos por cartão de crédito e débito a tecnologia em nuvem (ou cloud computing). Pretendendo agilizar as transações e reduzir em 20% os custos do processo, a Oi anunciou durante o congresso C4, o lançamento de uma ferramenta voltada para médias e grandes empresas.
Supermercados, postos de gasolina, hotéis, lojas e clínicas de saúde são os principais alvos da tecnologia de hospedagem na nuvem, que pretende acabar com a indisponibilidade das maquininhas de pagamento, através de uma conexão por IP sobre 3G.
“Os pontos de venda não podem mais ficar indisponíveis. A nuvem permite aumentar a disponibilidade do sistema com o mercado varejista”, explica Luiz Carlos Faray de Aquino, gerente de dados da Oi.
O conceito de nuvem foi implantado, a princípio, por empresas como Microsoft, IBM, Google e Amazon. Agora, a tecnologia começa a integrar segmentos do mercado além do setor de TI. Na nuvem, todo o tráfego de dados é compartilhado em forma de grade, de qualquer parte do mundo, sem necessidade de instalação de programas ou de unidades físicas.
A Oi pretende utilizar seus cinco data centers espalhados pelo País para viabilizar a transmissão simultânea das informações para as bandeiras que operam os cartões. Atualmente, mais de mil redes de varejo trafegam seus dados através da rede da empresa.
Segundo o diretor da unidade de negócios da companhia, Maurício Vergani, a estimativa é de que 30% das novas vendas para o varejo já venham com o serviço de hospedagem na nuvem.
“Com a tecnologia, os clientes conseguem reduzir os custos em 20%”, afirmou.
A economia de despesas seria gerada pela elasticidade do pague pelo uso (pay per use), possibilitada pelo sistema. Ou seja, os varejistas que operam com cartões pagariam conforme a demanda por pagamentos, e não mais um valor fixo pelo serviço de conectividade, o que onera as transações.
“Essa é uma tendência que deve se consolidar nos próximos anos, aos moldes do que já fazem as operadoras no tráfego de informações por telefone”, explica Aquino.