O Ministério das Comunicações vai oferecer a pequenos e médios provedores de internet no país a possibilidade de comercializar também os serviços de banda larga 4G na faixa de 2,5 GHz, que foi leiloada no ano passado.
Quando o governo licitou essa faixa, apenas as grandes empresas do setor conseguiram arrematar o direito de prestar esse serviço em todo país, Vivo, TIM, Claro e Oi.
Nas regiões em que houver espaço disponível, essas empresas menores também poderão operar. Para isso, terão de demonstrar interesse à Anatel, passar por uma seleção e pagar uma taxa, não divulgada, que varia conforme o porte da operadora.
Para que o serviço funcione, no entanto, essas empresas menores terão de enfrentar a mesma dificuldade encontrada pelas líderes do mercado, o alto valor de investimento. Isso ocorre porque nessa faixa é preciso instalar, pelo menos, o dobro do número de antenas usadas atualmente pela 3G para que o sinal chegue aos usuários.
Segundo o ministério, até o final de 2013, a Anatel vai destinar a faixa para essas empresas nas áreas em que ela estiver desocupada. Existem cerca de 3.800 provedores de pequeno e médio portes em atuação no país, funcionando principalmente no interior.
Se somadas, elas representariam a quinta operadora de banda larga fixa no país, com investimento superior a R$ 1 bilhão por ano.
A portaria também estabelece que até o fim de 2014 a Anatel vai estudar a viabilidade de destinar faixas de frequência para a entrada de novas operadoras de banda larga em nível nacional.