A TIM “não é linguiça para ser fatiada”, disse o vice-presidente de assuntos institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole, referindo-se à possibilidade levantada por analistas de mercado de dividir a TIM em três partes, uma para cada rival da operadora (Vivo, Claro e Oi), como forma de driblar as limitações regulatórias e antitruste no Brasil e fortalecer o caixa das empresas.
A saída foi apontada por conta do aumento de capital da Telefónica/Vivo na Telecom Italia/TIM, anunciada nesta terça (24).
Segundo Girasole, que participa hoje do seminário TelComp 2013, o acordo anunciado ontem pela Telefónica e seus sócios na Telco (o consórcio que controla a Telecom Italia) não significou mudança nenhuma para a operadora. “Continuamos sendo a TIM e é preciso muito cuidado antes de especular sobre o futuro de uma empresa que tem uma atuação sólida no mercado brasileiro”, afirmou.
Conforme Girasole, o acordo assinado em 2007, quando a Telefónica entrou no capital da Telecom Italia, tem 13 mil folhas e recebeu 885 modificações. “Os reguladores brasileiros estão bastante preparados para analisar o caso”, disse.
O presidente da Anatel, João Rezende, evitou comentar desdobramentos da operação no mercado brasileiro. “A Telefônica tem 30 dias, a partir do fato relevante publicado ontem, para apresentar um novo acordo de acionistas para a agência”, disse Rezende. “Todo o resto [que se comenta] é especulação”, afirmou.