A Sercomtel deve oficializar nesta segunda-feira (04) a demissão de 14 funcionários com mais de 30 anos de casa. Eles foram admitidos antes do dia 5 de outubro de 1983, sem concurso público. A exoneração faz parte da reestruturação da empresa e da tentativa de diminuir em cerca de R$ 2 milhões, até abril do próximo ano, os gastos com a folha de pagamento.
A empresa abriu um Programa de Demissão Voluntária e já demitiu 23 servidores, sem justa causa, com mais de 15 anos de trabalho que não haviam aderido ao projeto. Em relação às novas exonerações, o presidente da telefônica, Christian Schneider, entende que não há estabilidade, contrariando o parecer da Procuradoria Jurídica do Município.
“A posição da Procuradoria do município com relação a uma possível estabilidade é que o município reconheceria uma estabilidade”, disse. O documento coloca que existiria responsabilidade por parte da Sercomtel, mas a empresa entende que ela não existe, já que eles foram contratados sem concurso público.
Diante de uma crise financeira e com a perda de mais de R$ 100 milhões de capital social nos últimos dez anos, a Sercomtel tenta se reerguer. Para isso, pediu um aporte de R$ 15 milhões aos acionistas (Prefeitura de Londrina e Copel). Porém, não vem recebendo boas notícias.
Inicialmente, a empresa havia colocado a necessidade do recurso até o final de outubro, mas o projeto de lei que vai votar a transferência de dois terrenos do município, avaliados em R$ 7,6 milhões, chegou com atraso à Câmara e ainda nem entrou em votação.
A Sercomtel ainda recebeu a notícia que a Copel não vai antecipar sua parte do repasse, de R$ 6,3 milhões. Ela condicionou a entrega do dinheiro à aprovação pelo Legislativo de Londrina do percentual da prefeitura.
A única notícia boa recebida pela telefônica é que a Justiça concedeu uma liminar que possibilita a falência da Adatel Osasco, coligada que já rendeu R$ 17 milhões em prejuízos.