O grupo francês Vivendi anunciou nesta sexta-feira o encerramento das negociações entre a GVT e a operadora por satélite Echostar para a criação de uma empresa conjunta de TV paga no Brasil.
Desde outubro passado, a Vivendi, que controla a GVT, e a Echostar mantinham negociações com o objetivo de aproveitar a demanda que será gerada com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
‘A Vivendi segue determinada a acelerar o desenvolvimento de atividades de televisão por assinatura da GVT, que prosseguirá de forma autônoma seu desenvolvimento ativo no setor’, disse o grupo francês em um comunicado.
Mas o fim das conversas para uma possível joint-venture entre GVT e Echostar não deve trazer maiores dores de cabeça para a operação de DTH da GVT. Na verdade, a GVT volta para o ponto em que estava em outubro: a busca por uma solução para poder ampliar sua capacidade de canais desde que o satélite que ocuparia, o IS-27, acabou destruído no começo do ano durante um lançamento fracassado pela plataforma Sea Launch.
Segundo apurado, a GVT ainda poderá contar com o IS-34, um satélite que foi contratado pela Intelsat para atender à demanda do IS-27 e que deve ser lançado em meados de 2015. Isso porque esse satélite ainda não foi designado a nenhum outro cliente pela Intelsat.
A parceria com a Echostar, se tivesse ido adiante, agregaria à GVT, de cara, um satélite de altíssima capacidade, o Echostar XV, já posicionado na posição 45º W. Este satélite ainda deverá ser usado pela Dish, caso a operadora mantenha os planos de operar no Brasil com outro parceiro ou sozinha.
A GVT TV, com isso, será a terceira operadora de DTH a ter uma ampliação significativa de capacidade de satélite. A primeira deve ser a Oi, no começo de 2014, com o SES-6. A Claro TV ganha um satélite novo depois da Copa, no segundo semestre, o StarOne C4. Depois, caso a GVT TV mantenha a parceria com a Intelsat, deve ter seu satélite novo para poder ampliar a oferta HD no final de 2015. E a Sky já tem um satélite prometido para o terceiro trimestre de 2016. A Sky, aliás, terá com o novo satélite um total de 60 transpônderes, o que dará à empresa uma capacidade de 400 canais HD (contra cerca de 50 hoje).