O conselho de administração da Telebras autorizou a companhia estatal a fechar um acordo com a espanhola IlsaLink Submarine Cables para construir e operar o Cabo Submarino Brasil-Europa.
A previsão de investimento no projeto é de US$ é de 185 milhões. O novo presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, disse nesta quarta-feira que o novo cabo submarino de comunicação de dados começará a ser construído no segundo semestre e sua operação terá início 18 meses após o início da construção.
O cabo submarinto será o segundo de conexão do Brasil com a Europa. O cabo já existente é destinado basicamente à comunicação de voz, ligando o país ao continente europeu, e foi construído por várias empresas em sistema de parceria, entre elas a Embratel.
A nova empresa, que tocará o projeto, terá 35% de participação da Telebras, 20% de fundos de investimentos e 45% da empresa espanhola. Até maio, a Telebras deve definir quais serão os fundos de investimento que entrarão no negócio. Não há previsão de participação de fundo estrangeiro ou outra operadora de serviço de telecomunicações.
Antes das denúncias de espionagem pela agência de segurança dos Estados Unidos, noticiadas em 2013, a Telebras tinha como prioridade construir um cabo de alta capacidade para fazer a conexão com os EUA, a fim reduzir custos de contratos de links internacionais. Porém, a companhia mudou de enfoque quando o governo quis evitar que a comunicação com a Europa continuasse passando, necessariamente, pelos EUA.
O ex-presidente da Telebras, Caio Bonilha, que participou da primeira entrevista coletiva de Ziober como presidente da estatal, explicou que para cada comunicação feita diretamente com a Europa outras 600 passam primeiro pelos EUA. “O projeto tomou um caráter estratégico a partir da necessidade de termos maior segurança de rede”, afirmou Bonilha.
Via Valor Econômico