Nas últimas semanas foi anunciado que mais duas gigantes da telefonia entrarão na briga pela clientela brasileira, e os dois casos contarão com uma mãozinha da Vivo, que emprestará sua infraestrutura para a Nextel e a britânica Virgin Mobile.
A Vivo garantiu que essas negociações não devem “gerar nenhum tipo de sobrecarga à rede”. O presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, concordou: “O que pode acontecer é um aumento do tráfego, para o qual a operadora precisa estar preparada”, explicou.
“É preciso também levar em conta que a Nextel tem rede própria nos centros urbanos com maior concentração de usuários”, reforçou a Vivo. “Além disso, com o monitoramento constante da rede, é possível adotar medidas com agilidade se houver necessidade.”
Primeiro a Nextel anunciou que passaria a oferecer pacotes com 3G graças a uma parceria firmada com a Vivo. Ao invés de montar toda a infraestrutura necessária nos lugares onde ainda não atende, a empresa que atua majoritariamente com serviços de rádio pegará a da Vivo emprestada.
Depois foi a vez da britânica Virgin Mobile dizer que tentará se lançar por aqui, mas como operadora virtual (MVNO). Isso significa que a empresa não precisará fazer qualquer investimento de engenharia, pegando carona na aparelhagem da brasileira para oferecer seus serviços.
Essas duas chegadas podem significar melhorias para os clientes, pois, mesmo que uma empresa use infraestrutura alheia, é possível que seus valores sejam competitivos, conforme explicado presidente da Teleco: “A diferenciação de uma operadora que utiliza a rede de outra não ocorre no preço básico e sim em ofertas mais adequadas ao tipo de usuário e que podem ter preços mais baixos para algum tipo de chamada ou acesso de dados.”
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