O Bernstein Research voltou a confirmar sua preferência pelas cotadas Oi e Portugal Telecom, depois de ter andado num périplo de reuniões com investidores.
O banco de investimento diz que a Oi e a Portugal Telecom, que se encontram num processo de fusão que deverá estar completo em Abril, são as cotadas mais bem posicionadas para beneficiarem do cenário de provável consolidação da TIM Brasil. A operação vai exigir a cooperação da Oi, Telefónica|Vivo e da America Móvil de Carlos Slim mas é, também, do interesse de todos.
O comentário é emitido numa altura em que o valor das ações da Oi se encontra em baixa pelo “sentimento muito negativo” e pela depreciação do real. Contudo, são também esses os fatores que tornam convidativas ações para os investidores de médio prazo, explica a nota de investimento. “Continuamos a ver a Oi como uma das ações mais atrativas que cobrimos.”
A equipe de analistas liderada por Robin Bienenstock informa que este é um melhor momento para os investidores de médio e longo prazo reforçarem na Oi, devido à queda do valor da divisa local. “A fragilidade do real brasileiro faz com que este seja um melhor momento para os investidores de longo prazo injetarem capital, especialmente os investidores do setor que já estão muito expostos ao Brasil”.
A TIM Brasil é atualmente liderada pela Telecom Italia, que por sua vez poderá ser objeto de uma aquisição por parte da operadora espanhola Telefónica. Ela está presente no Brasil através da subsidiária Vivo, que é líder de mercado na maior economia da América do Sul.
A Oi e a Portugal Telecom são as maiores beneficiárias do potencial cenário de consolidação da TIM Brasil, refere o Bernstein, notando que os termos da fusão entre a duas foram delineados de forma a permitir que a nova cotada participe no cenário de consolidação.