A Vodafone recebeu o “Prémio Operador de FTTH” (Fiber to the Home) em Portugal pela excelência e volume dos investimentos feitos na implementação de redes de fibra ótica de elevada qualidade em três países do sul da Europa, especificamente Portugal, Espanha e Itália. A premiação foi entregue hoje ao CEO da Vodafone Portugal, Mário Vaz, pelo FTTH Council Europe numa cerimônia que decorreu em Estocolmo, na Suécia.
Neste momento, o serviço de fibra da Vodafone Portugal já chega a mais de 750 mil casas e esta cobertura está aumentando diariamente de modo a cobrir 1,5 milhões de casas no período de um ano.
Os atuais investimentos serão alavancados pelo projeto Spring do Grupo Vodafone que representará uma aposta adicional de 3 bilhões de euros em Portugal, Espanha e Itália nos próximos dois anos, para o desenvolvimento de uma rede ainda mais avançada e de serviços diferenciadores para os consumidores.
De acordo com Mário Vaz, “em Portugal, esforçamo-nos para dar o melhor aos consumidores e garantir que eles têm uma escolha. Apesar de todos os desafios e dificuldades, reforçamos o nosso investimento até mais de 500 milhões de euros no prazo dos próximos 2 anos. Inovação, modernidade e lutar por oferecer as melhores ofertas aos clientes são parte do ADN da Vodafone e este prémio – que nos deixa muito orgulhosos – é um reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver.”
Este reforço da aposta na rede de fibra fortalece ainda mais o serviço de televisão da Vodafone em Portugal cujo número de clientes tem vindo a crescer consistentemente. A sua qualidade está também começando a ser reconhecida pelo mercado e por estudos independentes, como o “Barómetro de Telecomunicações da Marktest”, no qual a Vodafone apresenta os índices mais elevados de satisfação na generalidade dos parâmetros analisados.
Mário Vaz aproveitou para dar uma entrevista Lusa em Estocolmo, onde foi receber o prêmio. Questionado sobre as expectativas que tem para o setor das telecomunicações a três anos, Mário Vaz disse que “este ano [o setor] ainda vai cair”.
Mas, acrescentou: “Espero que em 2015 comece a estabilizar e depois recupere (…), daqui a três anos o duopólio do fixo [entre Portugal Telecom e Zon Optimus] seguramente não existirá porque a Vodafone rompeu” essa tendência.
“Haverá um maior reequilíbrio em termos de quotas, se olharmos para subsetores. Daqui a três anos vejo uma Vodafone muito sólida no mercado português com serviço diferenciado”, comentou.
“Somos o operador mais estável do mercado”, afirmou ainda Mário Vaz, alfinetando os processos de fusão da Zon com a Optimus e da Portugal Telecom (PT) com a brasileira Oi, argumentando que a operadora está há 22 anos no mercado a crescer em participação.
O mercado “é competitivo”, afirmou, adiantando que nos próximos tempos o setor estará atento à fusão da PT com a Oi, na expectativa de perceber o que isso “significará de investimento para Portugal”.
O setor receia “que a PT perca alguma relevância nesta fusão” e, paralelamente a isso, aguarda uma “clarificação” da Zon Optimus, “após a turbulência da fusão”, sobre “qual será o seu papel no futuro”.
Questionado sobre a quebra de 122 mil clientes no 4º trimestre do ano passado (2013) em comparação a 2012, para 5.774 milhões no serviço móvel, o executivo explicou que “resulta da alteração da estrutura dos tarifários” que passaram a ter vários serviços incluídos, o que diminuiu o número total de chips ativos.
No entanto, “não podemos deixar de dizer, com realismo, que também perdemos clientes em função da convergência, quando não podemos oferecer ao nosso cliente um serviço fixo e outro operador pode fazer porque beneficia da sua situação monopolista de rede nessa zona geográfica aonde ainda não chegamos”, acrescentou.
Questionado sobre o fato de 80,7% dos clientes da Vodafone Portugal serem pré-pagos, Mário Vaz disse que o peso diminuiu ligeiramente frente ao ano anterior.
“Assiste-se hoje a uma transferência maior de clientes pré-pago para pós-pago [assinaturas]”, uma vez que estas ofertas já “respondem aos requisitos” de controle de custos.
Em relação à fibra ótica compartilhada com a Optimus, Mário Vaz disse que o projeto mantém-se nos termos em que foi fechado e está a cumprir o calendário resultante dos acordos decididos pela Autoridade da Concorrência (AdC) no âmbito da fusão da Optimus com a Zon.
“Das 750 mil casas ligadas” em fibra ótica, “cerca de 200 mil são do projeto” em conjunto com a Optimus.
“Este ano há a fase de acordo ou não acordo sobre o contrato futuro, em 2015 há a opção da Vodafone tomar ou não a opção de comprar e em 2016, caso seja essa a opção, será a passagem. Este é o calendário, estamos a acompanhar os passos e a tomar a decisão”, que será tomada “a seu tempo”.
Como mencionado no inicio desta matéria, o presidente executivo da Vodafone Portugal recebeu na quinta-feira, 20, em Estocolmo, o prêmio atribuído ao grupo pela aposta nas redes de fibra.
“Este é o reconhecimento pelo trabalho que temos feito [no caso português], pelo significativo investimento que fizemos”, afirmou Mário Vaz, lembrando que em 1º de abril do ano passado a Vodafone Portugal lançou em cerca de 480 mil casas a fibra e no início da semana já tinham cerca de 750 mil.