Atenta ao avanço de serviços de streaming como TIMmusic e Vivo Música by Napster, operadora já se prepara com um vasto acervo musical. |
A Claro anunciou a aquisição de parte do capital social da iMusica, serviço de música digital que tem investimento do fundo Ideiasnet.
Criada em 2012, a iMusica foi um dos primeiros serviços nacionais e da América Latina em soluções de distribuição de mídia digital, desenvolvendo plataformas de gestão e distribuição de conteúdo, além da criação de projetos de music branding para grandes marcas.
A empresa também atua como provedora de conteúdo para operadoras de telefonia celular e serviços de música do Brasil. Por exemplo, quando o iTunes, da Apple, inclui e vende músicas brasileiras em sua loja virtual, ele usa a iMusica para fazer o processo burocrático entre editoras e gravadoras.
Embora nenhuma das empresas revele o valor do negócio que foi assinado, analistas de mercado apontam que a venda pode chegar a uma quantia equivalente a 10% do valor de mercado da Ideiasnet. Com o investimento da Claro, o fundo de investimentos deve usar o dinheiro para pagar dividendos e recomprar ações.
Conforme apontam analistas, o grupo América Móvil está investindo em serviços de valor adicionado, como é o caso de plataformas de música digital, para reforçar seu portfólio de produtos. Recentemente o grupo adquiriu uma participação no Shazam, aplicativo de reconhecimento de música, e uma parceria internacional com o Mobli, serviço móvel de vídeo com recursos de rede social, em moldes semelhantes ao Vine.
Agregando o iMusica à sua carteira, é provável que a operadora injete um gás extra ao seu serviço Claro Música e aos seus portais de conteúdo, saindo apenas dos pacotes de telefonia para seus clientes e oferecendo recursos adicionais em sua oferta.
Segundo dados da consultoria Ovum, o mercado de música digital cresceu cerca de 9% em 2012 e deve crescer US$ 9 bilhões em todo o mundo em 2014. O Brasil é um dos países mais aquecidos. Serviços de streaming como Deezer, Spotify – que está chegando aos poucos por aqui – e os que tem parceria com outras operadoras como TIMmusic, Vivo Música by Napster e Rdio (Oi) estão de olho no mercado nacional.
Por falar em serviços de streaming de música, ele é bem importante pois ajuda a reduzir o número de cópias de álbuns musicais. A pirataria é um crime sério e pode dar cadeia. Apesar disso, os planos de música ainda não são populares entre os habitantes do Brasil. O Minha Operadora fez uma enque no inicio do ano perguntando justamente se os leitores já assinam algum serviço de streaming. Para nossa surpresa (e tristeza) mais de 70% dos que votaram informaram que não assinam serviço algum, ou seja, é bem provável que essas pessoas recorram à pirataria para satisfazer seus “desejos musicais”.