Alô Serviços conseguiu autorização da agência reguladora para trabalhar como uma operadora móvel virtual. |
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) publicou nesta sexta-feira (30), no Diário Oficial da União, autorização para a empresa ‘Alô Serviços’ operar no mercado de telefonia móvel como uma MVNO (operadora móvel virtual). A empresa, ligada à Assembleia de Deus, deve operar utilizando a rede nacional da Vivo para fornecer seus serviços.
O negócio pode ser bom para a igreja evangélica – fundada em 1911 no Brasil por norte-americanos – devido a quantidade de fiéis, que já ultrapassava 12,3 milhões de membros, segundo o censo de 2010 realizado pelo IBGE (são 18 milhões de pessoas se levados em conta simpatizantes), que podem ser convencidos a utilizar os serviços da operadora, ajudando a alavancar suas operações.
Toda a forma de operação foi desenvolvida pelo ex-presidente da Brasil Telecom (comprada pela Oi em 2010), Ricardo Knoepfelmacher. A estratégia de vendas deverá focar na camada mais pobre da população, com chips a partir de R$ 8,00, segundo o jornal Valor Econômico.
Além da Alô Serviços, outras operadoras virtuais – que usam a rede de empresas já existentes no Brasil para operar – já operam no país, e outras estão praticamente prontas para iniciar suas operações.
A Porto Seguro Conecta, da seguradora Porto Seguro, opera utilizando a rede da TIM, e possui mais de 270 mil clientes. A Datora Telecom/Vodafone, usa a rede da Vivo, mas apenas para serviços especiais por enquanto. E a Terapar, que pega o apoio da Algar Telecom para operar, fechando o ano com quase 3 mil acessos ativos.
Devem desembarcar em breve no Brasil a liberalista e gigante Virgin Mobile, que também já conseguiu autorização da Anatel para operar, e a operadora móvel dos Correios, numa parceria com os Correios da Itália.
Apesar de tantas operadoras virtuais, o novo formato de empresas de telefonia ainda não ganhou popularidade no território brasileiro, tendo as companhias ‘originais’ – Vivo, TIM, Claro, Oi, Nextel, Algar e Sercomtel – a maior parte (99,9%) das operações ativas no Brasil.