Principal diretor da operadora de telecomunicações aproveitou o evento TIM Day para apontar pontos fracos de empresas como Sky, Nextel e Oi. |
Abreu trouxe a visão da empresa para as oportunidades que o mercado apresenta em um cenário de transformação. Um dos destaques da apresentação foi a demonstração de que a receita de dados da operadora deve superar, no começo de 2016, a receita com serviços de voz – o que antes era esperado para ocorrer apenas em 2017.
“O comportamento do consumidor está mudando muito rápido. No Brasil, a migração drástica do consumo de voz para dados foi percebida já no fim de 2014 e no começo desse ano. Manter os investimentos em infraestrutura, principalmente em rede 4G, será fundamental para competir nesse novo cenário focado no uso da internet móvel. É por este caminho que segue a estratégia da TIM para se manter competitiva e protagonista neste mercado”, afirma Rodrigo Abreu, CEO da TIM Brasil.
Durante a apresentação, o executivo destacou outras mudanças importantes no comportamento dos consumidores. Pela primeira vez no Brasil ocorre a estabilização do mercado de assinantes. A base pré-paga, que vinha crescendo nos últimos dois anos, apresentou leve queda de 0,3% no segundo trimestre de 2015, na comparação com 2014. Assim, a companhia aposta no crescimento de sua base de valor entre os usuários pós-pagos e pré-pagos – que cada vez mais concentram sua experiência e gastos em telefonia em apenas um SIM card.
Segundo Abreu, os investimentos em infraestrutura são o que possibilitam a ampliação da oferta de serviços, principalmente dentro da base atual, e têm ajudado a melhorar a percepção do cliente. No primeiro trimestre de 2015, foram investidos quase R$ 1 bilhão pela TIM no Brasil em diversas frentes. A empresa tem como meta alcançar 79% da população urbana com 4G, chegando a 15 mil antenas até o fim de 2017. Já em relação aos sites 3G, a previsão é chegar a 14 mil antenas no mesmo período.
O CEO da TIM falou também sobre o primeiro plano de eficiência operacional da operadora, apresentado na divulgação de balanço da companhia no segundo trimestre, entre outros aspectos que farão com que a empresa continue crescendo e consolidando a base de clientes.
“Estamos cientes dos atuais desafios macroeconômicos no Brasil. Apesar disso, mantemos nosso investimento agressivo em infraestrutura no país nos próximos três anos e não vamos nos desviar dos nossos pilares e governança. A companhia se mantém extremamente confiante em sua estratégia de negócio”, completa Abreu.