O crescimento da comunicação por mensagem de texto e a queda na tarifa das ligações tem impactando na receita das operadoras com ligações. |
Dados analisados pela consultoria em telecomunicações Teleco revelam que o serviço de ligações já não é mais o principal produto do setor de telecom no Brasil em termos de faturamento. Esse tipo de receita – tanto no fixo, quanto no móvel, somadas – renderam R$ 32 bilhões as empresas de telefonia. Em contrapartida, o serviço de dados e TV por assinatura contribuiu com R$ 33,6 bilhões. Os dados são referentes ao primeiro semestre (janeiro-junho) de 2015.
O faturamento de voz no sistema fixo teve uma queda de 3%. Já no móvel, o déficit foi mais acentuado (-10%). Isso pode ser explicado pela crescente comunicação por meio de mensagens e a diminuição na tarifa de interconexão (quando um usuário liga para um cliente de outra operadora). A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), ordenou uma diminuição gradativa no valor que cada empresa deve pagar à sua concorrente quando utilizar sua rede.
Apesar de ter sido ultrapassada pela soma de outros serviços, a receita com voz no celular continua sendo de extrema importância para as operadoras, representando 29% de seus faturamentos totais. Voz Fixa representa 20%; Banda Larga Fixa (18%); Internet Móvel (17%) e TV Paga (16%). Para ter uma ideia do que isso significa, veja a imagem do gráfico abaixo:
No setor de telefonia fixa, a banda larga já domina desde 2013. Os usuários passaram a adquirir as linhas fixas não para falar, mas apenas para servir como um ponto de acesso à internet e TV por Assinatura. Para ser mais preciso, esses dois serviços já representam, em 2015, 69% do faturamento total do segmento.
Já o celular ainda é mais utilizado para efetuar chamadas, mas, ainda segundo a Teleco, isso está mudando, tendo em visto que os gastos com acesso à rede de internet móvel já correspondia a 38% do que as telefônicas arrecadavam em receita (dinheiro).
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