Material publicitário de internet 4G teve que ser alterado pela empresa de telefonia. |
Quem presta atenção nas campanhas publicitárias veiculadas pelas operadoras de telefonia, deve ter reparado que a assinatura da Vivo nos seus materiais de divulgação da internet 4G foi alterada. Antes, a operadora sempre utiliza o claim “Líder absoluta em 4G no Brasil”. Agora a operadora usa o slogan “Líder em clientes 4G no Brasil”.
A mudança foi necessária porque a Vivo precisava se adequar a realidade. Corre há alguns meses no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), questionamento de veracidade levantado pela concorrente Claro, contra as campanhas do 4G da Vivo. A Claro apresentou um total de sete comerciais da Vivo em que a operadora se autodenomina líder absoluta de 4G, e alegou que a Vivo não identifica nas campanhas qual o tipo de liderança divulgada, se é por cobertura, número de clientes, velocidade, etc.
Enquanto o Conar tentava um acordo entre as partes – sem sucesso – a Vivo acabou sendo surpreendida pela rápido crescimento da TIM na tecnologia 4G. Em outubro, a TIM deu um salto no número de municípios com cobertura de internet de quarta geração, passando de 80 para 265 cidades cobertas. A Vivo parou em 169 cidades e perdeu uma de suas lideranças no segmento.
O relator do Conar, Luiz Fernando Pereira Constantino, pediu para que a Vivo alterasse suas campanhas de 4G, mas a operadora disse que já faria isso diante dos dados mais recentes do setor. No entanto, como a Vivo se orgulha e quer sempre mostrar liderança, a empresa continua demonstrando superioridade nos seus comerciais.
Agora, os novos claims da companhia mostram que o 4G da Vivo é líder em número de clientes. E de fato ela possui mais clientes do que a concorrência, pois dos 20,4 milhões de clientes 4G/LTE do Brasil, a Vivo é dona de 7,62 milhões deles, com participação de mercado de 37,3%. A TIM tem 27,8% do mercado; Claro tem 18,5%; Oi está com 13,1% e a Nextel fecha a lista com 3,3% dos clientes de banda larga móvel 4G. Pelo menos nisso a operadora ainda pode contar vantagem sem ser questionada.
Muito material com a assinatura antiga ainda se encontra desatualizado, como fardas de funcionários, que não serão trocadas nem tão cedo; revistas ultrapassadas disponibilizadas nas salas de espera de consultórios e panfletos que já estão nas lojas de todos os cantos do Brasil. Mas o consumidor começará a notar um novo posicionamento que a Vivo foi obrigada a adotar. Deve ter sido doído para a maior operadora de telefonia móvel do país perder a liderança absoluta que tanto ostentava.
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