Validade por tempo indeterminado já aparece nas contas da maioria dos usuários. |
Os usuários do aplicativo de mensagens WhatsApp começaram a receber hoje uma notificação que anuncia o fim da cobrança de anuidade pela utilização do serviço.
Na verdade, a distribuição dessas mensagens foi um pouco confusa. Primeiro, o WhatsApp informou que a validade do serviço seria vitalícia, ou seja, para sempre. Em seguida, foi enviada uma outra notificação contendo novamente uma data de validade e, por fim, o aplicativo corrigiu o erro e voltou a informar que tudo agora estava gratuito novamente.
Não se sabe ainda como o aplicativo vai se sustentar daqui para frente, já que não veicula nem pretende começar a veicular anúncios. Funcionários da empresa, no entanto, apostam em uma parceria com grandes empresas para tornar o aplicativo um canal de comunicação com seus clientes, disponibilizando ferramentas próprias para isso.
Antes de anunciar o fim da cobrança, o contrato do WhatsApp previa o pagamento de US$ 0,99 (cerca de R$ 4) por ano para quem quisesse continuar com o aplicativo ativo. Se bem que, na maioria das vezes, o próprio aplicativo prorrogava a validade do serviço quando a data de expiração da conta ficava próxima. Ou seja, na prática, pouquíssima gente chegou a pagar de fato para acessar o WhatsApp.
Mesmo assim, quem já chegou a pagar para prorrogar a validade da sua conta no aplicativo, não vai ter o gasto ressarcido.
“Conforme crescemos, descobrimos que essa abordagem não funcionou bem. Muitos usuários do WhatsApp não tem cartão de crédito ou débito e ficavam preocupados em perder acesso a seus amigos e familiares após o primeiro ano”, disse a empresa por meio de um comunicado oficial.
Aplicativo responde a operadoras brasileiras
Já que estamos falando do WhatsApp… Bruno Magrani, diretor de relações institucionais do Facebook (controlador do aplicativo), disse que discorda do ponto de vista de representantes de algumas operadoras de telefonia, e que o WhatsApp não é um app pirata.
Segundo um documento emitido pelo Facebook e assinado por Magrani, o WhatsApp depende mesmo das operadoras para funcionar, mas as teles também precisam deles – e dos serviços OTTs no geral – para atrair mais clientes para suas bases.
Apesar de entender que as empresas de telefonia são submetidas muitas vezes a políticas de regulamentação duras, ele acredita que aplicativos como o WhatsApp não precisam sofrer uma regulamentação igual a dessas empresas. No entanto, acrescenta que os serviços de internet já estão sujeitos ao Código do Marco Civil da Internet.
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