Depois do juiz Sérgio Moro solicitar a retirada dos grampos telefônicos de Lula, a Vivo foi a primeira a acatar a decisão. |
A operadora Oi foi a que mais demorou para cumprir a decisão do juiz Sérgio Moro de interromper as escutas telefônicas dos telefones celulares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus assessores, segundo a Polícia Federal. Foram quase 24 horas de atraso após o recebimento da ordem judicial, obrigando a PF a enviar outras solicitações de interrupção para a empresa.
Foi expedida no início da tarde da quarta-feira, 16, a decisão de Moro de parar as gravações, visto que havia sido divulgada a informação de que a presidente Dilma Rousseff iria nomear o ex-presidente Lula como ministro do seu governo, impedindo Sérgio Moro de continuar investigando o líder político. O juiz aproveitou e liberou para a imprensa vários trechos de conversas comprometedoras de Lula com políticos aliados e a própria Presidente da República.
A Vivo foi a mais ágil, cumprindo a decisão no mesmo dia, mais precisamente às 15h04. No entanto, a operadora havia solicitado um outro ofício para o juiz Moro, por considerar que o primeiro não seria válido para o seu cumprimento.
Depois, a Claro também trabalhou para interromper a escuta, tendo finalizado o processo às 23h33 da quarta-feira. A Oi foi a última, encerrando as gravações das suas linhas somente às 11h55 do dia seguinte (quinta-feira, 17). A PF informou que a operadora chegou a ser alertada várias vezes de que era preciso cumprir a decisão, mas mesmo assim não conseguiu obter um retorno rápido da empresa.
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