Por causa do grande número de novas inscrições, aplicativo Telegram – concorrente do WhatsApp – também está enfrentando problemas. |
Todo mundo foi pego de surpresa hoje pela manhã com a decisão de um juiz da cidade de Lagarto (SE) de suspender o funcionamento do aplicativo de mensagens WhatsApp, as operadoras de telecomunicações também. Como não tiveram tempo de deixar todos os seus usuários cientes, as teles utilizaram suas contas nas redes socais para efetuar a comunicação.
A Vivo, maior operadora de celular do Brasil, foi a primeira a notificar os seus clientes da decisão (às 13h24). A empresa logo tratou de se defender, dizendo que a culpa não era dela:
“A Telefônica Vivo informa que o Juízo Criminal de Lagarto (SE) determinou a suspensão do acesso ao WhatsApp pelo prazo de 72 horas. A empresa fará o bloqueio do serviço a partir das 14h00 de hoje. Assim que houver novas informações, a operadora voltará a prestar esclarecimentos.
A empresa esclarece que não é autora e não faz parte da ação que resultou na ordem judicial.”
A TIM foi a segunda a se pronunciar nas redes sociais. No Facebook, a mensagem foi postada às 14h01:
“Para manter o compromisso de transparência com os clientes, informamos que as prestadoras de serviços de telefonia móvel, receberam na manhã desta segunda-feira (02 de maio de 2016) uma ordem judicial para bloquear o aplicativo WhatsApp, em todo o território nacional, pelo prazo de 72 horas.
Esclarecemos que as prestadoras não são autoras e não fazem parte da ação que resultou na ordem judicial.
Assim que tivermos novidades, divulgaremos por aqui. #FazerDiferente“
A operadora foi mais detalhista, e ainda fixou uma foto na sua fan page no Facebook e na conta do Twitter com o prazo em que a decisão estará em vigor.
Outra companhia também usou o Facebook e Twitter para falar do assunto. Às 14h49 os fãs da Oi receberam uma pequena nota:
“Por uma determinação judicial o aplicativo WhatsApp foi bloqueado por um período de até 72 horas. Assim que possível, o aplicativo será normalizado.”
Claro e NET foi ‘a empresa’ que mais demorou para informar sobre o caso. Somente às 15h17 que um funcionário da operadora publicou na conta de cada operadora:
“A Claro [A NET] informa que em cumprimento à determinação judicial, dirigida a todas as principais empresas de telecomunicações, o aplicativo Whatsapp foi bloqueado, em todo território nacional, a partir das 14 horas de hoje (2/5), pelo período de 72 horas.
As operadoras esclarecem que não são autoras e, também, não fazem parte de ação que resultou na referida ordem judicial.”
Mesmo também sendo parte da decisão, a empresa Nextel ainda não se manifestou até o momento da publicação deste artigo.
O WhatsApp emitiu uma nota em que se diz desapontado com mais uma atitude deste tipo:
“Depois de cooperar com toda a extensão da nossa capacidade com os tribunais brasileiros, estamos desapontados que um juiz de Sergipe decidiu mais uma vez ordenar o bloqueio de WhatsApp no Brasil. Esta decisão pune mais de 100 milhões de brasileiros que dependem do nosso serviço para se comunicar, administrar os seus negócios e muito mais, para nos forçar a entregar informações que afirmamos repetidamente que nós não temos.”
Devido ao grande sucesso que está fazendo, a equipe do concorrente Telegram sem dúvidas está cantando vitória nos bastidores. No Twitter, no entanto, o aplicativo pede paciência por causa da sobrecarga:
“Desculpem, as redes móveis brasileiras não estão conseguindo processar o enorme número de SMS de verificação que estamos enviando. Mais de um milhão de novos usuários, e ainda mais esperando para se registrar.”
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