Mesmo com ação de grafiteiros criando obras de arte nos orelhões, o telefone público deixou de chamar a atenção para a principal utilidade: realizar ligações. |
O telefone público, ou orelhão, popularmente dito, caiu no esquecimento de grande parte da população desde o avanço dos celulares comuns até agora, na era dos smartphones com acesso a internet. São poucas as pessoas que ainda usam essa forma de comunicação, seja porque esqueceram o celular em casa ou porque a bateria do aparelho móvel está acabando.
Em um caso de urgência, sem outro meio para se comunicar, algumas pessoas recorrem ao telefone público mais próximo. Salvo esta situação, não encontramos outro motivo para utilizá-lo, visto que temos o telefone em nosso bolso. Até mesmo as pessoas de baixa renda, que teriam razão para ligar de um orelhão, já possuem acesso a um telefone celular.
Com quase nenhuma demanda, os orelhões acabam dando prejuízo às concessionárias de telefonia, que são obrigadas pelo governo a mantê-los funcionando mesmo que ninguém use para fazer ligações. Recentemente a operadora Oi foi condenada a liberar chamadas locais gratuitamente para outros números fixos por não manter o mínimo de orelhões funcionando em cada estado.
No tempo em que mobilidade e conectividade são essenciais, existem muitas ideias para tentar revitalizar o telefone público, mas até agora nenhuma saiu do papel. Se nos Estados Unidos é comum cabine telefônica com Wi-Fi, aqui continuamos no modelo arcaico, sendo que o vandalismo é o principal obstáculo para que essa tecnologia chegue por aqui, e as operadoras não estão querendo jogar fortuna fora com manutenções desnecessárias.
Por enquanto, só nos resta aguardar que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), junto com as concessionárias de todo o país – Oi, Vivo, Embratel, Sercomtel e Algar Telecom – criem soluções, para que ideias não fiquem só no papel, mas que beneficiem a todos e ajudem o Brasil a ser mais conectado e desenvolvido, assim como os demais países.
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