Holdings financeiras da Oi na Holanda apertam o cerco diante da fase decisiva do processo de recuperação judicial da operadora. |
Na última semana, a Oi Brasil Holding Coop enviou seus pedidos ao Grupo Oi, com cópias para os principais grupos de credores da companhia, aos dois maiores acionistas da empresa, Pharol e Nelson Tanure, além da Anatel. A holding possui emissões de notas seniores de 600 milhões de euros e de US$ 1,4 bilhão, com vencimentos para junho de 2021 e fevereiro de 2022.
As holdings financeiras da Oi tiveram falência decretada em abril na Holanda e atualmente estão sob os cuidados do governo holandês. A Coop fará de tudo para dificultar a implantação do plano da Oi, caso não haja uma negociação branda com a operadora. A empresa ainda afirma que a Oi não vem respeitando as decisões da corte holandesa.
A operadora Oi deve passar por dificuldades mesmo que aprove um plano de recuperação judicial, pois ele pode não ser posto em atividade em outros países, como a Holanda. A Coop já adiantou que sem cooperação global da operadora, os efeitos do planos não serão reconhecidos pelos países membros da União Europeia.
As holdings holandesas Coop e PTIF buscam desde o início do processo se diferenciar dos demais credores, alegando que as operações foram garantidas pela Oi. Entre os credores está o fundo de investimento em títulos de risco Aurelius, conhecido por sua atuação em processos de recuperações judicais de empresas por todo o mundo e que vem tomando posição contrária as holdings.
No processo de recuperação judicial, a Oi reconhece as dívidas relacionadas as holdings, mas não os empréstimos feitos, separando os débitos com garantia e sem garantia. A operadora preferiu não comentar os pleitos da Coorp.
A empresa de telefonia Oi passa há um ano por uma recuperação judicial com R$ 63 bilhões de dívidas pendentes, sendo metade delas relacionadas a títulos emitidos no exterior.
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