Segundo Eduardo Navarro, continuar investindo em telefonia fixa é jogar dinheiro fora. |
Que a telefonia fixa não vive os dias de glória de antigamente, não é nenhuma novidade. Afinal de contas, com tantas opções de comunicação disponíveis hoje em dia – seja por telefonia móvel e seus derivados, ou pela própria internet – possuir um telefone fixo se tornou desnecessário para muitos brasileiros em suas casas.
Eduardo Navarro, presidente da Telefonica/Vivo, em audiência pública no Senado que ocorreu na última terça-feira (27), voltou a defender a PL 79/2016, mesmo que sofresse pequenas alterações para agilizar sua aprovação.
A PL prevê que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderá autorizar, mediante solicitação da concessionária, a adaptação do instrumento de concessão para autorização, condicionada à observância de alguns requisitos, entre eles a manutenção da prestação do serviço adaptado e compromisso de cessão de capacidade que possibilite essa manutenção, nas áreas sem competição adequada, nos termos da regulamentação da Agência.
A principal reclamação de Navarro foi relacionada a permanência dos orelhões em operação, cujo custo para manter menos de mil unidades seria na casa dos R$ 50 milhões.
Além disso, como a própria banda larga não é mais dependente da telefonia fixa para existir, o presidente da Telefônica/Vivo acredita que o dinheiro desperdiçado em telefonia fixa auxiliaria muito mais se fosse aplicado em outras áreas que crescem a cada dia, como a própria telefonia móvel.
A PL 79/2016 segue em observação pelo senado, sem data prevista para uma resolução. Enquanto isso, Navarro diz que “a concessão perde de 15% a 20% de receita por ano; perdeu 70% nos últimos cinco anos, e vai chegar a 2025 valendo zero”. “Nós estamos jogando dinheiro no lixo”, afirmou.
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