Em entrevista à Folha de S. Paulo, Luiz Eduardo Baptista contou alguns dos planos da operadora até 2018 |
Na última quinta-feira (13), o presidente da SKY, Luiz Eduardo Baptista, concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo, onde falou sobre o serviço de TV paga em streaming que será lançado pela operadora no ano que vem, os investimentos realizados nos últimos meses e o possível acordo com a Simba, empresa que reúne os canais abertos SBT, Record TV e RedeTV!, que há mais de três meses não fazem mais parte da grade das operadoras.
SKY Now
Para começar, Baptista contou que o plano para um novo serviço de streaming – que reunirá não só filmes e séries, como acontece com a Netflix, mas também canais – é verificar os possíveis problemas do serviço nos Estados Unidos antes de lançá-lo no Brasil. O desafio, para ele, é oferecer esse tipo de novidade em todo o país, que possui diferentes qualidades na banda larga dependendo da região.
Novos canais
Quanto aos canais novos, ele afirma que 50 com certeza serão lançados até o fim de 2017, e destaca a aposta em canais com temas específicos, mas que têm público no Brasil, como é o caso do “Dog TV”. Outros canais com conteúdo nacional serão mais raros de aparecer, mas, segundo Baptista, pela própria falta de produção e desejo dos consumidores.
Negociações com a Simba Content
Negociações com a Simba Content
O avanço nas negociações com a Simba também foi tema da entrevista. O presidente da SKY, otimista rumo a um acordo, afirma que a atitude da Simba de cortar seus canais foi um desastre e fez com que eles perdessem audiência e anunciantes, assim como prejudicassem as operadoras de TV por assinatura. Mas, agora, com o novo interlocutor e ex-diretor da SKY, Ricardo Miranda, o debate poderá ser mais favorável, com um melhor entendimento da Simba sobre o funcionamento da TV paga.
Os primeiros dias sem os canais das emissoras SBT, Record e RedeTV! fizeram com que a SKY recebesse três vezes mais chamadas do que o normal, pois os clientes estranharam o “sumiço” dos canais. No total, dos 6 milhões de assinantes, a operadora perdeu 15 mil após o corte.
Concorrência da Netflix
Sobre a frase que o diretor da SKY afirmou três anos atrás, de que se a Netflix incomodasse, eles comprariam “esses caras no Brasil”, ele esclareceu que não passou de uma brincadeira, e que acredita que a Netflix é muito mais concorrente de HBO ou Telecine do que da própria SKY, que poderia, inclusive, vender os conteúdos da empresa de filmes e séries via streaming.
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