Eduardo Navarro, presidente da Vivo, afirmou que a telefonia fixa deve deixar de existir até 2025. |
Durante o Workshop de Telecomunicações da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na última sexta-feira, 21, o presidente da Telefônica Vivo, Eduardo Navarro, afirmou que a telefonia fixa deve desaparecer até 2025, quando os contratos de concessão terminam, assim como aconteceu com outros serviços do setor, como o telex e o fax.
Navarro apontou que atualmente existem 44 milhões de linhas fixas porque as operadoras vendem telefonia fixa junto com banda larga. O executivo ressaltou que quando houver a separação dos serviços, a telefonia fixa deve diminuir muito em um curto prazo.
O presidente da Vivo também pediu para que haja uma revisão na Lei Geral de Telecomunicações (LGT), porque, segundo ele, é preciso redirecionar os investimentos e as obrigações das operadoras para o desenvolvimento da banda larga de alta velocidade no país.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que a infraestrutura de banda no Brasil é muito precária e ainda é preciso trabalhar muito para ter uma rede capaz de atender a todas as regiões do país. Dados da Anatel apontam que, atualmente, existem pelo menos 2 mil municípios sem banda larga e sem previsão de investimentos para instalação da infraestrutura necessária.
Eduardo Navarro admitiu que apenas 400 cidades do Brasil tem banda larga com velocidade maior que 10 Mbps, e que o ritmo de investimento é muito lento e abaixo do necessário. Citando a Vivo como exemplo, o executivo indicou que no último ano a operadora levou banda larga fixa a apenas duas cidades e que por conta da receita, vem investindo mais em banda larga móvel.
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