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| Esperada pela Telebras, compra de parte da capacidade do SGDC fracassa e afasta a expansão da banda larga por satélite brasileiro, pelo menos por enquanto. |
Após três adiamentos, finalmente aconteceu, nesta terça-feira (31), o leilão do satélite geoestacionário da Telebras, SGDC, o primeiro exclusivamente brasileiro. Na verdade, aconteceu não acontecendo, já que nenhuma empresa mostrou interesse na compra de parte da capacidade em banda Ka do satélite.
O fracasso não foi muito comentado pela estatal, que apenas afirmou que ainda está confiante quanto aos objetivos comerciais do plano de utilização da banda Ka do SGDC, que será utilizado para massificar o acesso à internet banda larga no Brasil. “Todas as medidas para a manutenção do cronograma dos projetos e atividades comerciais relacionados ao SGDC serão adotadas”, disse o Diretor de Relações com Investidores, Maximiliano Martinhão, em comunicado.
Da capacidade total do satélite, o leilão previa a venda de 57% em dois lotes: o primeiro, com 35% da capacidade total, e o segundo, com 22%, caso houvesse demanda. Não foi o caso.
Apesar dos valores mínimos do leilão não terem sido divulgados, tudo indica que este tenha sido um fator para interromper o interesse de possíveis compradores. Para o ministro Gilberto Kassab, eles foram definidos para cobrir as despesas de R$ 2,7 bilhões, e não podem ser negociados para não afetar o interesse público, pois os preços têm que ser compatíveis com os investimentos.
“Já foi desenhado o ‘plano B’ e o ‘plano C’. Não haverá nenhum problema. Há um plano de negócios alternativo”, afirma Kassab, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, de acordo com o portal Convergência Digital. Acontece que, por enquanto, nenhum outro plano oficial foi divulgado pela Telebras, que faz todas as promessas de expansão de banda larga em áreas remotas e ofertas com custos 10 vezes mais baixos ficarem, pelo menos por enquanto, mais distantes da realidade.
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