Presidente da Internetsul, de provedores de acesso à internet, afirma que ausência da Oi aumentaria a qualidade de internet e expansão de VoIP no Brasil. |
Conforme divulgado pelo Minha Operadora na última semana, clientes de telecomunicações do Brasil em cerca de 2 mil municípios podem sofrer um “apagão” de serviços caso haja a falência da operadora Oi. Para o governo, o ocorrido traria grande perda, incluindo os 5 milhões de acessos em banda larga. Mas há quem discorde. Luciano Franz, presidente da Internetsul, Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet da região sul do Brasil, diz que a falência da Oi seria uma oportunidade.
Para Franz, são os provedores de acesso à internet que levam banda larga a grande parte das áreas rurais, onde o acesso é mais difícil, e com a queda da Oi, ele acredita que essas empresas “se agigantariam”. Sua previsão é de que pelo menos 5 mil empresas de provimento se expandiriam, aumentando a qualidade em serviços e gerando 100 mil novos empregos.
“A verdade é que tais empresas, os provedores de Internet, prestarão a estas cidades um serviço de muito mais qualidade do que a Oi e demais grandes operadoras prestam hoje”, aposta o presidente da Internetsul.
Ele também acredita que a saída da operadora, que está em recuperação judicial há mais de um ano e acumula R$ 64 bilhões em dívidas, faria com que mudanças no marco regulatório de telecomunicações fossem pensadas, como os planos de numeração para todos os provedores de internet, que permitem a oferta do serviço de telefonia sobre IP, o VoIP, uma vez que as redes de banda larga possuem infraestrutura para o tráfego de dados e voz.
Franz diz que o plano de numeração para o Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) seria decisivo para que o país crescesse em convergência de serviços em redes IP. Por outro lado, vale lembrar que as 2 mil cidades que seriam afetadas pela Oi incluem aquelas em que a operadora é a única fornecedora, inclusive no mercado de provedores locais.
De toda forma, para a Internetsul, esses dados indicam o esforço do governo para evitar a falência da Oi, esforço que, para Franz, deveria ser focado no mercado de provedores e nas oportunidades que se abririam. “Teríamos um ganho imenso em qualidade e quantidade de serviço de Internet e VoIP no país”, afirma.
Com informações de Baguete e Portal Qwerty
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