Banda larga, TV e móvel devem crescer, aumentando receita do setor no Brasil para US$ 45,76 bilhões em 2022; fixo continuará em queda. |
O mercado de telecomunicações no Brasil alcançará uma receita total de US$ 45,76 bilhões em 2022, segundo previsão da consultoria Frost & Sullivan. Em 2016, esse número foi de US$ 38 bilhões. O crescimento, dentro de cinco anos, portanto, deverá ser de 20%.
Os números positivos devem refletir em avanços dos dados móveis, como 3G e 4G, enquanto os negativos devem vir como um reflexo dos serviços de voz, que tem a tendência de continuarem caindo.
Para a consultoria, a receita do segmento residencial deve ter a maior taxa de crescimento anual composto (CAGR), com 4,2% entre 2016 e 2022. Quanto aos quatro principais ramos do setor, a previsão para cada ano é de, em média:
- +8,1% em banda larga fixa;
- +4,3% em TV por assinatura;
- +4,1% em telefonia móvel;
- -5,9% em telefonia fixa;
Segundo o estudo, os grupos América Móvel (Claro, NET e Embratel), Telefônica (Vivo) e Oi concentravam 74,9% da receita total do mercado em 2016.
Em relação aos freios do crescimento do setor em 2016, os analistas avaliaram que a incerteza econômica, carga tributária, o encurtamento de ciclos de tecnologia e a rentabilidade reduzida, além da concorrência disruptiva sobre os serviços tradicionais, que estaria relacionada ao avanço das over-the-top (OTT), foram os principais responsáveis.
São as OTTs, inclusive para a TV por assinatura, que aparecem no relatório como a grande ameaça para as operadoras brasileiras, uma vez que elas podem mudar os cenários atuais e futuros em relação às demandas dos consumidores de telecom. E, consequentemente, na receita e lucratividade.
A sugestão para as empresas é que avaliem novas estratégias para atingirem receitas em outras áreas, repensando, também, no portfólio atual, que poderia ser mais voltado ao mundo digital e de inovação.
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