Pequenos satélites seriam somente o começo de um teste para garantir banda larga barata e de qualidade para pessoas de todo o mundo. |
A companhia espacial SpaceX decidiu que lançaria, no último sábado (17), dois satélites com capacidade de oferecer banda larga do espaço para os Estados Unidos. A data da subida do foguete Falcon 9 foi remarcada para amanhã, 21 de fevereiro.
Além de levar ao espaço o satélite PAZ, da empresa espanhola HisdeSat, a SpaceX tem planos maiores. Primeiramente, lançar seu próprio serviço via satélite (através dos satélites Microsat-2a e Microsat-2b) para testar a entrega de acesso em áreas rurais dos EUA – anúncio que foi divulgado pela agência FCC –, e dar início a uma missão que possa beneficiar usuários de todo o mundo.
Os satélites da SpaceX são menores, com vida útil de 20 meses. Para ter uma ideia, o brasileiro SGDC, já lançado oficialmente no ano passado, tem vida útil de 18 anos. Mas, no caso da empresa da Califórnia, a ideia é testar os transmissores de banda larga e verificar, em órbita, qual é a capacidade de conexão com as estações terrestres.
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O projeto de oferecer acesso a moradores de todo o mundo, conhecido como “Starlink”, inclui o objetivo de lançar em breve mais de 4 mil satélites ligados a internet de banda larga, que orbitariam a até 1280 quilômetros acima da Terra. O par a ser lançado nesta semana, no caso, estará a cerca de 500 quilômetros.
Atualmente, há pelo menos 1.740 satélites ativos orbitando a Terra. A SpaceX quer triplicar esse número e, com isso, oferecer acesso à internet mais rápido e acessível em vários países. Chame de plano ambicioso se quiser, pois a pretensão do CEO Elon Musk é alcançar uma rede com 12 mil satélites para a oferta de banda larga, o que poderia ser convertido, para a empresa, em 40 milhões de assinantes até 2025.
A partir de um mercado que vale bilhões, também seria possível, por exemplo, reduzir os problemas e despesas relacionados às instalações de tecnologias para oferecer internet por aqui, em “terra firme”.