Analistas acreditam que essa nova empresa teria uma participação de 30% no mercado de telecom, disputando diretamente com Claro e Vivo. |
Na última terça-feira (27), os analistas do Bradesco enviaram um relatório aos seus clientes falando sobre a possível saída dos chineses na disputa pela Oi, além do aumento da probabilidade de uma fusão entre a Oi e a TIM no mercado de telecomunicações.
De acordo com informações do relatório, divulgadas pelo Money Times, o avanço do plano de recuperação judicial da Oi, que já está dando andamento ao pagamento de seus credores, seria o motivo principal da chance de fusão com a TIM subir em 50% nos próximos 12 meses.
Os ganhos, nesse caso, poderiam ultrapassar os R$ 25 bilhões, sendo que uma nova empresa ficaria com 76%, como explicaram os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles.
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Para eles, o aumento de capital previsto no plano para a Oi, que será de R$ 4 bilhões, ainda não é o suficiente para cobrir o caixa da operadora, que, apesar de tentar se reerguer, continua com uma situação financeira instável. É por isso que a entrada da TIM seria importante, para ajudar no melhor uso das operações da Oi.
A estimativa do Bradesco é que essa nova empresa possa ter uma participação de mercado de 30%, o que se igualaria e disputaria diretamente com a Vivo e a Claro, líderes em acessos de telefonia móvel.
Quanto à possível entrada das empresas chinesas no Brasil através da Oi – como China Mobile e China Telecom -, os analistas informam que, possivelmente, nada será feito por enquanto. “Descobrimos que as negociações entre a Oi e a China Telecom e a China Mobile estão em modo de espera desde dezembro, já que as empresas chinesas fizeram várias exigências antes de investir na Oi, que de alguma maneira eram irrealistas”.