Hoje com 30 subordinados, ela cuida da TIM em 6 estados, mas, assim como outras mulheres, já sofreu preconceito e precisou conquistar seu espaço no setor. |
Nesta quinta-feira, 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Pensando na atuação feminina no campo das telecomunicações e reconhecendo que muitos dos cargos de liderança no setor ainda são destinados aos homens, a TIM enviou, ao Minha Operadora, o perfil de Janaína Lima Cavalcanti, um dos destaques da operadora, que ocupa a gerência de Operações de Rede da TIM no Nordeste.
Engenheira eletrônica, Janaína trabalha na TIM desde 1994 (antes da privatização). Até chegar à liderança, ela conta que precisou conquistar seu espaço, principalmente para mostrar que o trabalho a ser desenvolvido por uma mulher em atividades no campo poderia trazer os mesmos resultados desenvolvidos por homens. Subir em torres, carregar malas de ferramentas e equipamentos, fazer manutenção: por que não uma mulher?
Essa foi também a maior conquista da sua trajetória em uma área majoritariamente masculina. Iniciou, portanto, como técnica em Telecomunicações, passando pelos cargos de engenheira e, atualmente, como manager.
Uma mulher, casada, com dois filhos – um de 8 e um de 4 anos –, e chefe. Tem 30 subordinados, sendo 28 deles homens. Cuida de um território composto por seis estados, de Alagoas ao Piauí. “É uma função arrojada, extremamente dinâmica, que demanda acompanhamento contínuo, mas que permite sensação de realização a cada meta superada, a cada falha corrigida em menor tempo”, conta.
Quando questionada sobre sua relação com a equipe, afirma que é tranquila e amigável, que falam de assuntos relacionados ao trabalho, aos filhos, às famílias, tudo sempre com respeito. “Na área de Rede de uma empresa de Telecom os assuntos fervem a todo momento, e o respeito e compartilhamento de informação com os colegas, pares e subordinados é fundamental para o sucesso de todos da empresa e seus clientes”.
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Janaína diz acreditar que a característica feminina de tratamento de tarefas simultâneas, de fato ocorre, e isso a ajuda no encaminhamento de tantos assuntos diários em uma área de Operação.
“Como as diferenças entre homens e mulheres remontam de longa data, vejo que as mulheres ainda não estão no mesmo patamar dos homens no mercado de trabalho, mas que grande evolução já ocorreu e continuará de forma consistente e cada vez mais rápida, principalmente porque a mulher já mostrou que tem as mesmas condições, e está cada dia mais confiante no seu trabalho”.
Assim como tantas mulheres na área, Janaína já sentiu o peso da discriminação, especialmente no início da carreira. Mas o preconceito foi superado com dedicação ao trabalho.
Hoje, ela consegue manter seu lazer preferido, de brincar com os filhos, ao mesmo tempo em que pensa em como entregar uma qualidade de rede melhor para os clientes da TIM, meta que diz ser a buscada na empresa. Para conciliar os dois papéis, valoriza ao máximo o tempo disponível em cada função.
E não é assim que, independentemente de qualquer classificação, deve ser?
Mas, em uma data como essa, que representa a lembrança de um pedido de igualdade de gênero no trabalho, que ainda hoje é atual, vale a pena destacar o espaço conquistado a cada dia por cada mulher. Vale lembrar das lutas diárias que fizeram auxiliares, operadoras, coordenadoras, engenheiras e gerentes mulheres – seja Janaína ou outra profissional da TIM, da Claro, Oi, Vivo e tantas outras empresas – chegarem lá.