Agência pretende realizar licitação da frequência no segundo semestre do ano que vem. |
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a estudar a possibilidade de utilização da faixa de 3,5 GHz para o 5G. O órgão está verificando se a utilização da frequência para a tecnologia de quinta geração acarretará em interferências em outros serviços como os providos por satélites.
O plano é que a Anatel possa licitar a frequência para as operadoras móveis no começo do segundo semestre de 2019.
Alguns levantamentos sugerem que a faixa de 3,5 GHz pode confrontar com serviços de satélite que operam em frequências próximas.
Há a possibilidade de a utilização da frequência interferir, por exemplo, na banda C, já que está opera entre 3.700 e 4.200 MHz para comunicações do satélite para a Terra (e entre 5.925 e 6.425 MHz da Terra para o satélite).
A banda C é utilizada, normalmente, por emissoras de televisão para transmitir a programação para antenas parabólicas.
As interferências serão foco principal do Comitê de Espectro e Órbita da Anatel, responsável pelo estudo da frequência, nesse primeiro momento.
Posteriormente, devem ser discutidos outros detalhes, como o tamanho de espectro e a limpeza de frequência.
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O 5G ganhou sua primeira especificação oficial no final de 2017. O padrão Non-Standalone 5G NR (New Radio) estabelece uma ampla faixa de espectro, com frequências baixas (600 MHz e 700 MHz), médias (3,5 GHz) e altas (50 GHz).
Nos Estados Unidos, operadoras como AT&T, Verizon e T-Mobile prometem implementar o 5G até 2019. Fabricantes como Huawei, Qualcomm e Samsung também prometem lançar os primeiros smartphones 5G no ano que vem.
Na semana passada, ocorreu o primeiro encontro entre representantes de associações para discutir a situação da faixa de 3,5 GHz, segundo o Mobile Time.
Entre as associações presentes na reunião estavam representantes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), do Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat), da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) e fabricantes de equipamentos de recepção de satélite.