Com o desligamento do rádio, operadora perde receita, mas destaca base de assinantes em redes móveis, cuja adição líquida foi de 92,9 mil no 1º trimestre. |
A Nii Holdings, que controla a Nextel Brasil, divulgou nesta terça-feira (8) os resultados financeiros do primeiro trimestre do ano. Antes de falar sobre o financeiro, em si, a operadora destacou a base de assinantes 3G e 4G no Brasil, que teve 92,9 mil adições líquidas. Foram 66,1 mil assinantes a mais desde o último balanço.
Vários clientes (34.800) migraram da rede iDEN (de rádio) para as redes móveis e, segundo o diretor executivo da Nextel Brasil, Roberto Rittes, o fim do serviço de rádio acontecerá realmente no segundo trimestre. “Esperamos que o fechamento tenha algum impacto em nossos resultados, mas continuamos no caminho certo para cumprir nossos objetivos do ano”, afirmou o diretor.
No primeiro trimestre do ano, a NII Holdings registrou receitas operacionais consolidadas de US$ 181 milhões, prejuízos operacionais consolidados de US$ 14 milhões e OIBDA (antes de depreciação e amortização) negativo de US$ 8 milhões. As despesas também foram de US$ 8 milhões.
A empresa ainda informou que a receita média mensal de serviços por assinante (ARPU) da Nextel Brasil foi de US$ 17, sendo que o custo por adição bruta (CPGA) foi de US$ 77 e o custo de caixa por usuário (CCPU) de US$ 16.
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Passados os três primeiros meses de 2018, as fontes de financiamento da NII Holdings chegaram a US$ 297 milhões, incluindo US$ 187 milhões em caixa irrestrito para investimentos de curto prazo, além de US$ 110 milhões mantidos em custódia para garantir as obrigações de indenização relacionadas à venda da Nextel México.
“Os resultados do primeiro trimestre marcaram um momento de virada para nós de várias maneiras. Retornamos ao crescimento total de assinantes pela primeira vez em mais de dois anos e aumentamos as receitas 3G/4G pela primeira vez em quatro trimestres”, disse Dan Freiman, o diretor da NII Holdings. “Embora o crescimento seja importante, continuamos buscando formas de reduzir os custos em toda a empresa, sem afetar nossa capacidade de oferecer atendimento de alta qualidade ao cliente”, completou.
Em relação ao corte de custos, a empresa começou 2018 com o chamado “Accounting Standards Codification No. 606”, com a “Receita de Contratos com Clientes”. O novo código permitiu a redução de US$ 4 milhões na receita operacional da companhia, e US$ 6 milhões nas despesas de vendas, gerais e administrativas no primeiro trimestre.