Enquanto bloqueador de sinal ainda é uma polêmica entre as operadoras e o Estado, milhares de criminosos continuam agindo dentro da cadeia. |
De presos, os presos nada parecem no Brasil, principalmente no estado de São Paulo. De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a cada meia hora pelo menos um celular é encontrado nas cadeias do estado.
Mais uma curiosidade é o tamanho dos celulares. Uma reportagem do programa ‘Bom Dia Brasil’, divulgada nesta terça-feira (15), mostrou que os microcelulares são uma realidade cada dia mais presente no país e detectada em várias penitenciárias brasileiras.
Para se ter uma ideia, em 2017, foram apreendidos 14.417 celulares nos presídios do estado de São Paulo, um aumento de 17% em relação ao ano anterior, que registrou 12.263 apreensões.
Enquanto o tamanho do celular diminui e o número da comunicação entre presidiários aumenta, crimes continuam sendo administrados de dentro da cadeia por meio da conexão da rede de celulares.
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O que deveria ser feito para combater essas quadrilhas é simples: instalar bloqueadores de sinal em áreas próximas aos estabelecimentos penais. O problema? É o projeto de lei que quer fazer com que este seja um trabalho das operadoras de celular.
Já no ano passado, as operadoras se posicionaram sobre o assunto, através do SindiTelebrasil, afirmando que o bloqueio de sinais de telecomunicações em presídios é importante, mas um dever do Estado, já que se trata de uma questão de segurança pública.
Além de todo o custo que as teles teriam para instalar os bloqueadores de sinal, assim como de fazer a manutenção dos aparelhos, conforme pede a lei, este ano foi levantada a questão da segurança. Antes mesmo da lei ser aprovada, uma antena da Oi, próxima da penitenciária do Ceará, foi incendiada com a mensagem de “represália à instalação de bloqueadores de celulares nos presídios”.
Depois do ocorrido, as operadoras pediram mais segurança e voltaram a explicar que o bloqueio deveria ser feito pelo Estado e que, de sua parte, devem esperar que trabalhem para ofertar serviços de qualidade à população. Várias federações também se posicionaram contra o bloqueio, que, segundo elas, poderia colocar em risco os profissionais das prestadoras de comunicação do Brasil.