Desde 2014, quando havia 369,2 milhões de clientes de telecom no Brasil, número de acessos vem caindo, agora com 324 milhões. |
Pelo terceiro ano consecutivo, os acessos nos serviços de telecomunicações caíram. A informação é da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que divulgou, nesta segunda-feira (25), o Relatório Anual de 2017, que mostra um resumo do que foi trabalhado no ano passado no setor.
Nesses 20 últimos anos, a queda começou somente em 2014. Desde dezembro de 1997, um mês depois da instalação da Anatel, o Brasil começou a ampliar o número de acessos de interesse coletivo (telefonia fixa, móvel, TV e banda larga). Havia 24,1 milhões de acessos naquela época, número que aumentou em 24% um ano depois, somando 29,9 milhões.
O setor só aumentava depois disso e chegou ao recorde de acessos em 2014: 369,2 milhões. Acontece que, nos últimos três anos, os acessos vêm caindo. Os dados mais recentes são de 2017, quando o Brasil fechou em 324 milhões de acessos, um volume 2,3% inferior ao registrado em 2016. O único dos serviços que registrou crescimento foi o de banda larga fixa – móvel, fixo e TV paga caíram.
Para ilustrar a evolução dos principais serviços – telefonia fixa (STFC), telefonia móvel (SMP), banda larga fixa (SCM) e TV por assinatura (SeAC) –, a Anatel fez alguns gráficos, como este primeiro abaixo:
Um segundo balanço mostra que, em 1998, a telefonia fixa respondia por 66,7% dos acessos de serviços de telecomunicações. Vinte anos depois, o serviço com maior percentual de acessos, em disparada, é a telefonia móvel, com 73% do total.
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Na comparação com 2016, a atual participação dos acessos de banda larga fixa – serviço que não existia quando a Anatel foi criada – teve aumento de 0,8%. Veja a evolução e a distribuição dos acessos por tipo de serviço:
Em relação às regiões brasileiras que contam com os quatro principais serviços de telecom, a Anatel afirma que a densidade dos serviços ainda é bastante desigual no Brasil.
A região Norte, por exemplo, concentra o menor volume de acessos no final de 2017. Ela reúne 8,6% da população, mas soma apenas 3% dos acessos de telefonia fixa.
Em regiões como Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o número de acessos de cada serviço ultrapassa a população total de cada região. Apenas no Nordeste e no Norte vemos números menores de acessos em comparação ao número de habitantes, o que faz a densidade dos serviços estar distante da média no resto do país. Essas informações podem ser analisadas no gráfico abaixo:
A Anatel também calculou a densidade dos serviços de telecom em cada região. O cálculo é feito com base no número de acessos por grupo de 100 domicílios, no caso de telefonia fixa, TV paga e banda larga, enquanto o da telefonia móvel considera acessos por grupo de 100 habitantes.