O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro aumentou 1,2% nos três primeiros meses de 2018, mas o setor de telecomunicações, junto com o de tecnologia da informação e os serviços audiovisuais – que representam 3,2% do total – encolheram 3,3% nos três primeiros meses de 2018.
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram publicadas em uma reportagem do Valor Econômico. De acordo com o material, o volume dos serviços de telecom na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) também registrou queda acumulada de 4,4% entre abril de 2017 e 2018.
Nessa última pesquisa, o setor de telecom responde por 17% do total, que é mais do que o dobro do segundo item, de transporte rodoviário de carga (8,2%).
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Os números de queda em telecomunicações estariam ligados às mudanças em padrões de consumo, que fizeram as operadoras adequarem seu modelo de negócios às prioridades do consumidor, que inclui o conteúdo pela internet, que é o OTT (over the top).
Fora isso, o número de linhas fixas e móveis no Brasil vem caindo há anos, assim como o serviço de TV por assinatura. A única que anda na contramão é a banda larga, que cresce justamente pelas novidades digitais e inclusão de conteúdos sem grandes custos para o cliente.
Outro motivo de queda envolve a situação econômica do país, com crise fiscal e valorização do dólar em relação ao real. A carga tributária aumentou em alguns estados, como no Rio de Janeiro, onde a alíquota do ICMS sobre o serviço de telecomunicações ficou mais alta. Também houve uma desaceleração nos investimentos, o que pode ter influenciado a atividade do setor.