13/11/2024

89% dos executivos afirmam já ter sofrido fraude cibernética

No ano passado, maioria dos crimes foram realizados por cibercriminosos, ex-funcionários e concorrentes.


O número de fraude cibernética no Brasil vem crescendo nos últimos anos. Em 2017, 89% dos executivos afirmaram já ter sofrido uma fraude cibernética em suas companhias naquele ano. Em 2016, esse percentual era de 76%.


A informação é da consultoria de segurança Kroll, com base em um relatório global sobre fraudes e riscos.


Quase metade dos casos relatados por executivos no Brasil foram contaminações por códigos maliciosos (45%) e outros 37%, phishing por e-mail.

Conforme o levantamento, os alvos das ameaças se concentraram em informações dos clientes (47%) e segredos industriais ou de pesquisas (44%), sendo que os agentes foram em sua maioria ex-funcionários (32%) e concorrentes (21%). 

Como consequência, 80% dos entrevistados acreditam que as fraudes impactaram negativamente a privacidade, segurança e satisfação dos consumidores, além do moral dos funcionários (76%). 

A consultoria relata que a segurança cibernética ainda não se tornou prioritária para muitos executivos no país, especialmente nas pequenas e médias empresas, onde continua sendo vista como uma atribuição apenas da equipe de TI. 

O relatório global sobre fraudes e riscos 2017/2018 coletou informações de 540 empresários de todos os continentes. 

No Mundo


Levando em consideração os dados globais, os índices de fraudes cibernéticas são um pouco menores. Conforme o levantamento, 86% dos participantes afirmam ter enfrentado fraudes cibernéticas no ano passado, contra 85% em 2016. 


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A infecção por códigos maliciosos também é o meio de fraude mais comum no mundo, sendo realizada em 36% dos casos. 

Em seguida também está o phishing via e-mail com 33% das ocorrências. A fraude por violação ou perda de dados de funcionários, clientes e segredos industriais ocorreu em 27% das situações.  

É a primeira vez em dez anos que o ranking geral apresenta o ataque, perda ou roubo de informações sigilosas como o principal problema enfrentado. 

O relatório prevê que até 2020 os gastos com segurança cibernética devem ultrapassar US$ 170 bilhões, mais que o dobro investido em 2017.

Os pontos mais explorados nas tentativas de acesso foram software, em 25% dos casos, e sites vulneráveis, em 21% dos casos.

As fraudes foram perpetradas por cibercriminosos (34%), ex-funcionários (28%) e concorrentes (23%). 

Mais da metade dos entrevistados acredita que sua empresa ainda está vulnerável a vírus, violação de dados e phishing por e-mail. 

Os setores mais impactados por fraudes cibernéticas em 2017 foram construção, engenharia e infraestrutura, telecomunicações, tecnologia e mídia e serviços financeiros.

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