No ano passado, maioria dos crimes foram realizados por cibercriminosos, ex-funcionários e concorrentes. |
O número de fraude cibernética no Brasil vem crescendo nos últimos anos. Em 2017, 89% dos executivos afirmaram já ter sofrido uma fraude cibernética em suas companhias naquele ano. Em 2016, esse percentual era de 76%.
A informação é da consultoria de segurança Kroll, com base em um relatório global sobre fraudes e riscos.
Quase metade dos casos relatados por executivos no Brasil foram contaminações por códigos maliciosos (45%) e outros 37%, phishing por e-mail.
Conforme o levantamento, os alvos das ameaças se concentraram em informações dos clientes (47%) e segredos industriais ou de pesquisas (44%), sendo que os agentes foram em sua maioria ex-funcionários (32%) e concorrentes (21%).
Como consequência, 80% dos entrevistados acreditam que as fraudes impactaram negativamente a privacidade, segurança e satisfação dos consumidores, além do moral dos funcionários (76%).
A consultoria relata que a segurança cibernética ainda não se tornou prioritária para muitos executivos no país, especialmente nas pequenas e médias empresas, onde continua sendo vista como uma atribuição apenas da equipe de TI.
O relatório global sobre fraudes e riscos 2017/2018 coletou informações de 540 empresários de todos os continentes.
No Mundo
Levando em consideração os dados globais, os índices de fraudes cibernéticas são um pouco menores. Conforme o levantamento, 86% dos participantes afirmam ter enfrentado fraudes cibernéticas no ano passado, contra 85% em 2016.
LEIA TAMBÉM:
LEIA TAMBÉM:
A infecção por códigos maliciosos também é o meio de fraude mais comum no mundo, sendo realizada em 36% dos casos.
Em seguida também está o phishing via e-mail com 33% das ocorrências. A fraude por violação ou perda de dados de funcionários, clientes e segredos industriais ocorreu em 27% das situações.
É a primeira vez em dez anos que o ranking geral apresenta o ataque, perda ou roubo de informações sigilosas como o principal problema enfrentado.
O relatório prevê que até 2020 os gastos com segurança cibernética devem ultrapassar US$ 170 bilhões, mais que o dobro investido em 2017.
Os pontos mais explorados nas tentativas de acesso foram software, em 25% dos casos, e sites vulneráveis, em 21% dos casos.
As fraudes foram perpetradas por cibercriminosos (34%), ex-funcionários (28%) e concorrentes (23%).
Mais da metade dos entrevistados acredita que sua empresa ainda está vulnerável a vírus, violação de dados e phishing por e-mail.
Os setores mais impactados por fraudes cibernéticas em 2017 foram construção, engenharia e infraestrutura, telecomunicações, tecnologia e mídia e serviços financeiros.