Ainda assim, processo melhora a estética da cidade, evita problemas com a concentração de carga e condições climáticas e melhora a qualidade do serviço. |
A Associação Brasileira de Internet (Abranet) participou, na última quarta-feira (18), de um workshop que falava sobre o grande problema no Brasil envolvendo o desordenamento dos postes que têm instalados os serviços de telecomunicações. Fios emaranhados, ocupação clandestina e fiação sem uso, por que não resolver?
Segundo a associação, uma das principais barreiras para enterrar as redes é o custo, que fica de dez a 20 vezes maior do que o da rede aérea. O custo de manutenção também é 24% mais caro.
O tema fez parte de um debate realizado na Fiesp também com representantes da prefeitura, da Eletropaulo, do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp) e da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). As necessidades de fazer um planejamento integrado e compartilhar a infraestrutura das redes aéreas e subterrâneas também entrou na pauta.
Atualmente, a Eletropaulo está investindo R$ 21,5 milhões na região da Vila Olímpia, em São Paulo, além de R$ 29,4 milhões perto do Mercado Municipal, justamente nessas obras de enterramento da rede elétrica, que seriam as redes subterrâneas.
LEIA TAMBÉM:
Na cidade de São Paulo, a distribuição de energia é feita por 968 quilômetros de rede subterrânea, 22.503 quilômetros de rede aérea e 872 quilômetros de linhas de subtransmissão.
De acordo com as informações reunidas pela Abranet, a Eletropaulo tem alguns projetos que envolvem o enterramento de redes em SP e um de remoção de postes em regiões onde a rede já está enterrada. Mas, para remover os postes, é preciso retirar também os ativos de terceiros que usam a infraestrutura, como as operadoras.
Segundo o vice-presidente de relações externas da Eletropaulo, Sidney Simonaggio, a rede subterrânea atende 7% do volume de carga atendida. Mas há várias motivações para ampliar o enterramento da rede, como a estética, concentração de carga, as condições climáticas e até mesmo a melhoria na qualidade do fornecimento.
Para ele, isentar impostos no programa poderia ser uma alternativa para baixar o custo, mas todo esse processo ainda deve ser visto como algo de longo prazo.