Ministro confirma que concessionárias deverão instalar antenas de LTE em distritos não atendidos. |
Uma das reivindicações das operadoras foram atendidas pelo Governo. Os investimentos em orelhões serão redirecionados para o 4G.
O anúncio sobre as mudanças nos investimentos das concessionárias de linha fixa foi dado na última segunda-feira (15), pelo ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.
Com as novas diretrizes, operadoras como a Oi e a Vivo deixarão de gastar dinheiro com a manutenção e operação dos telefones públicos (orelhões) para investir na expansão da rede 4G.
De acordo com o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), que será encaminhado para a Casa Civil do Palácio do Planalto na próxima sexta-feira (19), em troca da retirada dos orelhões das plantas da telefonia fixa, as operadoras devem instalar antenas de 4G (tecnologia LTE) para a oferta dos serviços de telefonia e dados fixos.
As operadoras deverão investir em projetos de acesso LTE em 1.470 distritos onde não é fornecida nenhuma antena 4G.
O valor estimado do investimento é de cerca de R$ 600 milhões e o prazo limite para que as concessionárias coloquem em prática é de quatro anos.
VIU ISSO?
VIU ISSO?
Durante sua participação em um evento de tecnologia em São Paulo, Kassab ainda se mostrou otimista com a possibilidade de aprovação do PLC 79/2016, que muda o modelo de telecomunicações no país.
Segundo o ministro, os senadores estão alertas quanto à importância de aprovar a regularização o quanto antes.
Prejuízos
O telefone público, ou orelhão popularmente dito, caiu no esquecimento de grande parte da população desde o avanço dos celulares comuns até agora, na era dos smartphones com acesso a internet.
Com quase nenhuma demanda, os orelhões acabam dando prejuízo às concessionárias de telefonia, que são obrigadas pelo governo a mantê-los funcionando mesmo que ninguém utilize para fazer ligações.
O custo da manutenção dos orelhões que girava em torno de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões.
Durante o Painel Telebrasil 2018, realizado em maio, o presidente da Oi, Eurico Teles, contou que a operadora tem 640 mil orelhões e que, no ano passado, o faturamento com o serviço foi de R$ 5,6 milhões, enquanto a despesa com a manutenção foi de R$ 320 milhões.