Principal objetivo é abrir caminho para investimento em telefonia celular, área que soma prejuízo de R$ 15 milhões ao ano à operadora. |
Uma semana após a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abrir consulta pública para concessão dos serviços da Sercomtel, a Prefeitura de Londrina divulgou que irá encaminhar um projeto à Câmara de Vereadores com objetivo de revogar a lei que exige plebiscito para alterar o quadro acionário da empresa.
A intenção é facilitar a entrada de novos sócios investidores, já que a operadora acumula um total de dívidas em torno de R$ 230 milhões.
A proposta de recuperação da Sercomtel foi apresentada em reunião realizada na última segunda-feira (15), com a participação de dirigentes da Companhia Paranaense de Energia (Copel), empresários, vereadores, além do prefeito de Londrina.
Segundo reportagem divulgada pela Folha de Londrina, o prefeito Marcelo Belinati (PP) enfatizou buscar parceria apenas para a telefonia móvel, já que o serviço vem dando prejuízo de cerca de R$ 15 milhões por ano à operadora.
Atualmente, as ações da Sercomtel pertencem ao Município (55%) e à companhia estadual de energia elétrica (45%).
Caso a operadora consiga a aprovação do projeto apresentado, revogando a lei que exige plebiscito para alterar o quadro acionário da empresa, dará o primeiro passo para a entrada de novos investidores.
A empresa também aposta na ampliação dos serviços prestados por fibra ótica, possibilitada por um investimento de R$ 60 milhões da Copel Telecom em cabeamento na cidade.
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O prefeito Marcelo Belinati (PP) ressaltou, em entrevista à Folha de Londrina, que os sócios se comprometeram a apresentar um plano de negócios para a Anatel.
Ele ainda garantiu que a Sercomtel passará por restruturação administrativa e cortes de despesas, além de renegociação de dívidas.
“O mais importante é a gente aprovar o plano de negócios para ir à Anatel mostrar que nosso protocolo de intenções está sendo concretizado”, afirmou Belinati.
Em agosto deste ano, o colegiado da Copel aprovou a recomendação do Comitê de Auditoria Estatutário (CAE) para cortar investimentos na Sercomtel, mas o diretor de Desenvolvimento de Negócios da empresa, José Marques Filho, acha possível reverter a orientação.
O plano de negócios será discutido em reunião do Conselho de Administração da companhia nesta quarta-feira (17).
O diretor ainda acredita que o plano será suficiente para que o processo de caducidade e cassação das outorgas dadas para a operadora seja suspenso, ainda este ano.
Na semana passada, a Anatel abriu uma consulta pública a fim de receber contribuições da sociedade para um edital com intuito de relicitar as licenças da Sercomtel para outra empresa.