Prefeitura poderá vender ações da operadora sem necessidade de realizar plebiscito. |
A Câmara Municipal de Londrina aprovou projeto de lei que permite que a Prefeitura privatize a Sercomtel sem necessidade de realizar um plebiscito. O projeto foi encaminhado aos vereadores pela Prefeitura em meados de outubro.
Em apenas dois minutos, os vereadores aprovaram a lei que poderá traçar o destino da Sercomtel.
Atualmente, a operadora acumula dívida de quase R$ 300 milhões e corre o risco de ter as concessões e licenças de funcionamento caçadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A Anatel abriu um processo de caducidade contra a operadora em agosto do ano passado, que ainda está em trâmite.
Até mesmo uma consulta pública já foi aberta com a finalidade de licitar para outras empresas a concessão e as autorizações que hoje a Sercomtel detém para explorar telefonia fixa e celular.
No plano de recuperação, a Prefeitura quer contar com a parceria da Copel que detém 45% das ações da Sercomtel.
VIU ISSO?
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A companhia estadual já anunciou R$ 60 milhões em investimentos para a implantação de uma rede de internet via fibra óptica. Mas os esforços podem não ser suficientes.
O plano foi apresentado à Anatel, que pediu mais empenho por parte do município.
Diante desse cenário, o grupo de investidores 10 de Dezembro encabeça a possível privatização da operadora.
Os empresários, que são da cidade, prometem investir R$ 120 milhões para salvar a Sercomtel. Em contrapartida, eles querem 70% das ações da empresa, ou seja, o controle majoritário da estatal.
Na avaliação dos investidores, a privatização seria a única forma de manter a empresa aberta.
O atual presidente da Sercomtel, Claudio Tedeschi, que tomou posse na última segunda-feira (17), disse que a proposta se trata de uma boa notícia, mas que não pode ser encarada como a única solução para os problemas da empresa.