Enquanto isso, a qualidade do serviço continua abaixo do ideal e a discussão sobre a aplicação da franquia de dados permanece ativa. |
Os números deixam bem claro o perrengue que é ter um serviço de banda larga no Brasil. Além de questões relacionadas a qualidade do sinal, e velocidade contratada, abaixo do que deveria, há também o peso dos impostos sobre o serviço.
De acordo com a Anatel, com base nos dados da UIT (União Internacional de Telecomunicações), O Brasil é o país que mais paga imposto sobre a Internet Fixa. Nada mais nada menos que 40%!
O levantamento levou em consideração 174 países. Em 85 deles a média de tributação é 16,6%. Em apenas 5 países o percentual excede a barreira de 33%. Esses números deixam bem evidente o quanto o Brasil está acima em termos de imposto.
Isso sem contar o fato da pressão constante das teles em aplicar a franquia de dados sobre o serviço, o que tornaria, em sua grande maioria, a vida do consumidor ainda mais complicada, já que obrigatoriamente seria necessário ajustar a forma de interação com a rede e seus serviços para que a franquia pré-estipulada não fosse superada, ou então abrir o bolso e investir em planos com franquias maiores. Ambos os cenários são pavorosos.
VIU ISSO?
Na telefonia móvel, em que a franquia de dados já é aplicada, o Brasil ocupa a quarta colocação entre os que mais recolhem impostos sobre o serviço. Enquanto por aqui são 40% de impostos a média na grande maioria dos países analisados é 16%.
Outra constatação em relação ao serviço de banda larga móvel é o aumento de preço. De acordo com o estudo entre 2015 e 2017 o custo por 1 GB de internet saltou de R$ 21,12 para R$ 50. Dentre as justificativas para o aumento, os responsáveis pelo estudo citam o aumento na taxa de câmbio e a retração econômica.