Benefício é oferecido a estudantes medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP) matriculados em universidades públicas. |
Os jovens talentos da Matemática que ingressaram em universidades públicas ainda podem se inscrever na seleção de 2019 da Bolsa Instituto TIM – OBMEP. O apoio é concedido, anualmente, a 50 estudantes no primeiro ano de graduação, desde que tenham conquistado medalhas de ouro, prata ou bronze em alguma edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Os contemplados serão selecionados pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
Desde o início do programa, em 2015, foram beneficiados mais de 200 alunos, que recebem mensalmente uma bolsa de R$ 1.200. A duração inicial é de 12 meses, renováveis anualmente, até o limite de 48 meses – geralmente, o tempo necessário para concluir um curso de graduação. A renovação dependerá da avaliação do desempenho do bolsista.
Os interessados devem se inscrever até esta terça (26/03) no site bolsatim.obmep.org.br. Neste ano são aceitas candidaturas de universitários dos cursos de Astronomia, Biologia, Computação, Economia, Engenharia, Estatística, Física, Matemática, Medicina e Química. A seleção e a avaliação dos candidatos serão realizadas por uma comissão formada por representantes do IMPA. O resultado será divulgado em 11 de abril na área restrita de cada candidato na página.
Suporte importante para uma jornada de sucesso
A Bolsa Instituto TIM – OBMEP tem como objetivo dar apoio financeiro aos talentos vindos de famílias de baixa renda, para que possam cursar a universidade. A maior parte dos estudantes que recebe o benefício foi aprovada em faculdades distantes de suas cidades de origem e não conseguiriam se manter estudando sem esse apoio.
Keila Karina Luz é um desses exemplos. A estudante, de apenas 17 anos, é bolsista desde o primeiro semestre de 2018, quando foi aprovada para o curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Natural de Paramirim, no interior da Bahia, Keila precisou se mudar para Belo Horizonte e estuda em período integral. “Sem a bolsa, acredito que não conseguiria me manter aqui, pois o custo de vida de uma capital é alto para um estudante que não pode trabalhar”, destaca a jovem, que, futuramente, pretende fazer também mestrado na área.
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No ano passado, a primeira turma de bolsistas do Instituto TIM recebeu seus diplomas da graduação. Cleia Fabiane Winck é uma das recém-formadas. Ela foi bolsista durante o curso de Matemática da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e revela que o apoio financeiro foi fundamental. “Matemática é um curso muito difícil, com uma taxa de evasão bastante elevada. A bolsa me ajudou a me dedicar 100% à faculdade e, assim, poder concluir o curso no tempo certo. Também consegui ajudar a minha família”, conta a jovem que é da cidade de Planalto, a 130km de Cascavel, onde estudava.