Pesquisa revela que o consumidor brasileiro está mais interessado em acessórios de proteção para os seus aparelhos. |
Pela primeira vez na história, em 2018, o mercado mundial de smartphones apresentou declínio: a queda nas vendas foi de 4% em relação a 2017, segundo a empresa de pesquisa Counterpoint Research.
No Brasil, entre setembro e dezembro, a retração foi de 10,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, a comercialização de acessórios para celulares permaneceu em alta, o que evidencia uma mudança de hábito dos consumidores: os cuidados aumentaram e, consequentemente, o investimento nos itens de proteção.
Um levantamento do e-commerce Gorila Shield mostra esse novo cenário. Segundo o estudo, 90,9% dos participantes estão satisfeitos com o smartphone e 67,4% não pensam em substituí-lo tão cedo. Mais zelosos, 84% nunca quebraram a tela do aparelho e 79% nunca deixaram cair na água.
A pesquisa foi feita com 1.106 compradores, entre novembro de 2018 e março de 2019. “Adquirir itens de proteção antes mesmo de começar a utilizar um novo celular tornou-se uma preocupação básica”, comenta Michele Martins, do marketing da Gorila. Não à toa, capas e películas lideram o ranking da loja virtual, com 8.405 e 5.788 unidades, respectivamente, no primeiro trimestre deste ano.
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Cabos, carregadores de tomada e veicular e suportes veiculares seguem na lista. Entre janeiro e março foram vendidas 3.220 unidades do Cabo Tipo C e 3.020 do modelo Lightning (específico para iPhones e iPads), além de 3.071 do Carregador Turbo Fast Charger. Isso mostra que os usuários têm procurado formas de prolongar a vida da bateria e manter seus dispositivos por mais tempo”, pontua Michelle.
Novas marcas chinesas conquistam mercado mundial
Gigantes que dominavam o mercado cedem espaço para marcas antes desconhecidas no Brasil. A pesquisa identificou aumento nas vendas de acessórios para o modelo Pocophone F1, da Xiaomi, que, junto com a Huawei, conquista os consumidores no Brasil.
Ambas tiveram crescimento expressivo em 2018, frente a quedas históricas nas vendas da Samsung e da Apple. Para 2019, a previsão é que a fabricante do iPhone perca seu lugar de terceira maior do mundo para a Xiaomi, caso esta última alcance a venda de R$ 150 milhões em aparelhos, segundo o estudo Canalys.