Mesmo com a pressão das operadoras, agência reguladora mantém sua posição de preservação do mercado satelital. |
Mesmo com a pressão de algumas companhias no Brasil, a Anatel reforça que a faixa de 28 GHz não será destinada à telefonia celular, já que a agência reguladora resolveu destinar, no ano passado, 1,8 GHz dessa banda para o serviço de satélite.
Como informa o Tele.Síntese, essa semana o presidente da Anatel, Leonardo Euller de Morais, participou do Satshow, evento realizado sobre o mercado de satélite realizado em Washington (Estados Unidos).
Nesse encontro, Euller reforçou que o Brasil mantém a posição de não destinar a faixa de 28 GHz para a telefonia celular, por entender que não é propícia para o segmento. Nos Estados Unidos, país sede do Satshow, essa faixa foi vendida para as operadoras de telefonia móvel.
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A Verizon, por exemplo, que oferece o 5G em algumas localidades, conta com a tecnologia em 28 GHz, essa que é uma das faixas em ondas milimétricas. No caso do Brasil, o 5G também irá operar em ondas milimétricas, mas a frequência escolhida foi a 26 GHz. O leilão, que será realizado em março de 2020, também irá oferecer 700 MHz, 2.3 GHz e 3.5 GHz,
O presidente da Anatel declarou que compreende o interesse da indústria de celular na faixa de 28 GHz, porém ele reiterou que “o Brasil leva a sério a importância da proteção da banda Ka. Isso se deve à importância dessa banda para a implementação da política pública que envolve a conectividade e o papel que a banda larga satelital tem nessa questão. O Brasil não está apoiando a identificação do IMT em 28 GHz, uma vez que está fora do escopo da reunião da UIT””.