De acordo com Neil Jacobs, representante da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla original em inglês), a quinta geração móvel, o 5G, pode reduzir a precisão da previsão do tempo.
O problema tem relação a uma determinada banda de frequência que as operadoras podem utilizar para oferecer a tecnologia, mais precisamente a frequência de 24 GHz, que já entra no escopo do 5G que pode ser oferecido em ondas milimétricas (mmWave).
Nos Estado Unidos a frequência de 24 GHz foi colocada para leilão pela FCC, que atua como a Anatel aqui no Brasil. Essa frequência, de acordo com o representante da NOAA, está muito próximo da banda de 23,8 GHz. Esta é a frequência em que vapores de água emitem um sinal para a atmosfera, dados que são coletados pela entidade.
A preocupação da NOAA é que os usuários de 5G em 24 GHz acabem interferindo em sensores sensíveis de satélites, reduzindo a eficiência da previsão meteorológica.
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O caso é grave, já que esses dados contribuem para que, por exemplo, alertas de tempestades e furações sejam mais precisos.
Os dados enviados por satélites para a Terra poderiam diminuir em 77% e reduzir a capacidade de previsão do tempo em até 39%.
” Se você não pode fazer previsões com precisão, então você não será capaz de evacuar a pessoa certa ou você vai evacuar as pessoas que não precisam, o que é um problema ” ,afirmou Jim Bridenstine, que é da NASA.
No Brasil o 5G também irá operar em ondas milimétricas (mmWave), porém a frequência de 24 GHz não será utilizada. A Anatel optou pela de 26 GHz. Além dessa frequência o leilão, que será realizado em 2020, também contará com as seguintes frequências: 700 MHz, 2.3 GHz e 3,5 GHz.