Gigante chinesa se tornou uma das grandes inimigas do governo americano, mas fechou negócios no mundo inteiro para teste do 5G.
Durante o seu primeiro teste com a rede 5G no Brasil, a TIM não se mostrou preocupada com a ofensiva do presidente dos Estados Unidos contra a Huawei.
Para que todos entendam melhor, a polêmica da gigante chinesa com o país ocorre desde antes das eleições que elegeram Donald Trump. Na época, surgiram acusações de que a marca trabalhava ao lado do governo chinês para espionar empresas e políticos americanos.
Em 2012, a Casa Branca, ainda sob o comando de Barack Obama, divulgou um comunicado com a explicação de que não haviam provas para acusar a Huawei de colocar brechas em seus aparelhos e contribuir com a espionagem
O jogo virou na entrada do presidente Donald Trump, que assumiu uma verdadeira guerra comercial contra a China. Nesse caso, a Huawei caiu nas garras do presidente, que impediu companhias americanas de negociar com a chinesa.
VIU ISSO?
– Além dos testes: TIM prepara rede de data centers para a chegada do 5G
– Huawei promete altos investimentos no 5G
– Huawei pede registro de sistema que substituirá Android
As velhas acusações de espionagem voltaram à tona. Inclusive agências como FBI e CIA recomendaram que seus funcionários não utilizassem smartphones da marca.
Empresas como Google, Qualcomm e Intel romperam suas relações com a chinesa, que já prepara um sistema operacional único para os seus smartphones.
Entretanto, será que não estão subestimando o potencial da Huawei?
A marca é uma das principais aliadas para o desenvolvimento do 5G no mundo inteiro, já que é líder no fornecimento de equipamentos e serviços. Inclusive já venceu diversas licitações.
No Brasil, a Huawei participou dos testes de 5G com a TIM em Florianópolis e estará em breve também em Brasília, para mais demonstrações.
“Estamos acompanhando com muito cuidado, claro, a Huawei é um parceiro tecnológico de longo prazo tanto da TIM quanto da Telecom Italia. Estamos acompanhando o que está acontecendo, mas por enquanto não tem nenhuma medida restritiva à Huawei”, disse Di Constanzo, diretor de engenharia da TIM.
Pela análise do cenário, não dá para imaginar como o mercado global vai lidar com as consequências da guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Há quem acredite que as medidas do governo americano sejam por puro protecionismo comercial, mas muitos executivos já manifestaram preocupação com a segurança fornecida pelos aparelhos da Huawei.
A marca é uma das principais fornecedoras na implementação do 5G. Segundo especialistas, o potencial deles pode estar sendo subestimado e a chegada da conectividade de quinta geração corre o risco de atrasar em diversos países por conta da briga.
Com informações da Época Negócios e Tecmundo.