24/11/2024

Claro acredita que a economia tem culpa pela queda da TV paga

Na visão da operadora, erosão de clientes se deve à situação macroeconômica, não concorrentes como a Netflix e outras plataformas.

Ilustração TV por assinatura
Imagem: PxHere. Ilustração TV por assinatura

No Pay-TV Forum, evento que ocorreu em São Paulo, a Claro defendeu que a queda no número de assinantes da TV por assinatura no país se deve à situação macroeconômica, não o crescimento de concorrentes como a Netflix.

Como argumento, a operadora justificou que as empresas sofrem com a evasão de clientes com baixo poder aquisitivo nos últimos anos. Principalmente os consumidores da classe C.

Para Rodrigo Marques, vice-presidente de estratégia da Claro Brasil, é mais um problema de capacidade de consumo do que hábito. Diante do aperto financeiro, as pessoas precisaram escolher entre ter banda larga e celular ou TV paga, é conjuntural.

O que comprova a visão do executivo é um estudo da LCA Consultores. Nele, os dados mostram que a situação macroeconômica tem impacto direto no consumo das famílias, especialmente as da classe C.

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Nas informações, foi possível observar que houve uma retração do PIB per capita no Brasil da ordem 8%, entre 2013 e 2018.

“Estimamos que o país vá retornar ao mesmo patamar de PIB per capita apenas em 2023, no melhor dos cenários”, comentou a consultora Claudia Viegas.

Ela acredita que os números de TV por assinatura podem voltar a subir, caso a economia fique novamente aquecida e os consumidores se sintam mais confiantes para isso.

Apesar de ter sido a operadora que mais desligou acessos em DTH nos últimos meses, a Claro também acredita que um fortalecimento da economia pode voltar a atrair clientes. A empresa não pretende encerrar com o serviço DTH.

Para eles, trata-se de uma tecnologia que ainda atende várias regiões, além de ser a única forma de atender o consumidor de TV onde não há rede fixa.

A SKY também acredita que o cenário macroeconômico é fundamental para o processo e busca atender e atrair mais clientes da classe C. Para a companhia, o DTH ainda tem muito para dar.

Em relação aos concorrentes como a Netflix, a Vivo se manifestou e disse que pretende fechar parcerias para ser vista como um centro de conteúdo para o usuário final. A operadora também destacou a plataforma Vivo Play, que distribui canais digitais para os assinantes.

Já a Algar demonstra uma preocupação com a questão da FOX+. Para a empresa, é perigoso ver o distribuidor ser ejetado da cadeia que considera o produtor de conteúdo na venda de direito ao consumidor final.

Todas concordaram que, para uma retomada de crescimento, é preciso investir na interface e facilidade de uso.

Com informações do Tele.Síntese

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